Acho que quem assistiu a reportagem do Profissão Repórter dessa noite, deve estar tão estarrecido quanto eu estou.
Eu, como codependente sei que é real, sei que assim e muitas vezes pior, mas, ainda sim, ver as imagens na tv, é chocante e dolorido.
Não vou aqui, postar ou comentar a matéria toda, colocarei o link logo mais abaixo, somente quero explorar alguns pensamentos a respeito do que foi mostrado hoje.
Meu ex-namorado, o anjo Gabriel, vinha de uma família estruturada, embora ele fosse filho adotivo e teve que aprender a conviver com a separação dos seus pais adotivos, ainda sim, sua mãe e seus irmãos eram unidos, amorosos com ele e fico eu aqui pensando.
Se ele, que vem de uma boa estrutura, que tinha algo a perder, que tinha alguém a perder se não buscasse ajuda, no caso a sua própria família, já foi e está sendo difícil a sua recuperação, imaginem um garoto que mora nas ruas, que nada tem a perder, que sabe que estar limpo ou não, praticamente nada mudará em sua vida, que se voltarem para suas casas após o tratamento, tudo estará como antes, isso é, se ele tiver alguma casa para retornar!
É assustadora a realidade em que estamos vivendo, crianças que ora estão falando palavrões devido a abstinência da droga, ora estão chorando por que querem ver suas mães, seu parentes, sua família.
O pior é saber que o nosso governo não tem uma espécie de plano B para essa realidade, ele não sabe o que fazer, está perdido e sem ação.
Eu, como cidadã, como mãe, como ex-namorada de um dependente químico não sei o que posso fazer, como posso ajudar a diminuir o peso dessa realidade, vamos fazer barulho aonde? Para quem podemos gritar por socorro?
Eu não sei.
Segue o link: http://g1.globo.com/profissao-reporter/
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