sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pedindo ajuda!


Eu sempre escrevo aqui em meus posts que o dependente, durante a sua adicção, perde o poder de decisão sobre sua vida, e isso é mais do que fato, é real, é o que acontece normalmente com todo dependente e a pergunta é, como ele vai pedir ajuda?

Partindo do princípio que ele perdeu o controle da sua vida, perdeu a noção do que é certo ou errado, raramente vamos ver um dependente pedindo ajuda, pelo menos não no começo, primeiro porque ele não se vê com problemas e segundo, ele não se vê como um doente, normalmente, esse pedido de ajuda que tanto esperamos chega somente quando o dependente já está chegando no fundo do seu poço, muitas vezes, nem assim ele pede ajuda, mas, por não ter mais pra onde descer em seu poço, ou ele mesmo volta à superfície ou a família toma alguma atitude na tentativa de ajudá-lo.
A verdade é que se soubermos reconhecer o quanto antes que o dependente precisa de ajuda, mais fácil fica ajudá-lo. Eu, particularmente, acredito que para dar certo, o dependente precisa querer, mas, como ele vai querer algo que ele não sabe que necessita?

É uma questão contraditória, que exige uma boa reflexão a respeito.

O dependente, quando começa a deixar rastros, quando torna visível aos nossos olhos que algo está errado com ele, através de suas atitudes, seja sua agressividade em alguns casos, ou sua apatia em outros, já está fazendo um pedido de ajuda, mesmo que inconsciente, é uma forma que seu organismo, seu corpo, seu cérebro encontrou de dizer que algo saiu do seu controle.

Comigo não foi diferente, eu só consegui descobrir a dependência do meu ex-namorado porque ele de certa forma, perdeu o controle sobre a sua adicção e começou a deixar seus rastros visíveis e não demorou muito para depois disso, depois de descoberto, ele pedir ajuda, mesmo ainda não reconhecendo que estava adoecido e que havia perdido o controle de sua vida.

Eu sou uma ex-namorada de um dependente químico, e sei o quanto dói, ver alguém seguir em queda livre rumo à sua destruição, sem nem mesmo saber que está caindo.
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3 comentários:

  1. Bom dia, Giulli! Esse assunto realmente é conflitante, porque como você diz, como alguém que está doente, fora de controle, pode ter noção real do seu problema? Entretanto, é uma unanimidade o pensamento de que se o adicto não quiser, nenhum tratamento terá resultado. Complicado, né?
    Penso que inicialmente, se o dependente químico estiver afundado, em crise, a família deve sim intervir a seu favor, mas, se depois de desintoxicado, ele continua a pensar que não há problema algum em usar drogas, acredite, é melhor desligar, pois, nada, absolutamente nada do que for feito em prol de sua recuperação será válido, infelizmente.
    Beijão, querida!
    Boa sexta!

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  2. Poly, adorei o seu comentário, penso da mesma forma, a princípio, o adicto não tem condições de responder por ele mesmo, mas, se após a desintoxicação, ele ainda não reconhcer que precisa de ajuda, aí, não há nada o que possa ser feito, até que ele preceba que está adoecido...
    Obrigada, boa sexta para você tB!
    Beijos.

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  3. olá tudo bem?
    e você tem noticia dele do seu ex?

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