Eu não acredito no amor baseado nas aparências, acho que agente não se apaixona por uma roupa bonita ou um relógio maneiro no braço, não se pode gostar de um carro bonito por muito tempo e menos ainda se encantar com um rosto bonito se por trás dele não tiver mais nada.
O amor não tem regras, não tem jeito certo, basta sentir e nada mais.
Ninguém ama alguém por causa das musicas que esse alguém gosta, ou por causa da sua educação ou inteligência, isso são só fatores externos, contribuem para o encantamento, mas não são esses fatores que fazem com que os corações se acelerem, não mesmo.
O que torna o amor verdadeiro é o brilho nos olhos, o friozinho na barriga, a vontade de estar perto, o sentimento de invencibilidade quando está ao lado dessa pessoa, se ela está doente, você muitas vezes deseja estar no lugar dela, sentir aquela dor no lugar dela, isso é amor.
Agente não escolhe quando vamos nos apaixonar e nem por quem, mas, acredito que quando isso acontece, sempre há um motivo, uma razão. Por isso, aceite o outro como ele é, apenas contribua para que ele seja cada vez melhor e recebe dele, o mesmo sentimento.
Amar um dependentente químico não é fácil, é uma estrada de muitas pedras, desvios, buracos, mas também há flores, o céu também é azul, se houver amor e paciência, você está no caminho certo.
Para falar de AMOR, uma linda Crônica do Arnaldo Jabor.
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
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