Até onde você iria para ajudar alguém que escolheu o caminho errado em busca da tal felicidade? Em um mundo sofrido, perigoso e doloroso, eu senti na pele a dor de ver alguém querido tomar a decisão errada. Eu carreguei a minha própria nuvem de chuva enquanto decidi caminhar ao lado dele. Eu adoeci sem saber, uma doença tão perigosa quanto à dependência química. Eu me tornei uma codependente. E essa é a minha jornada, uma jornada de lágrimas, promessas, sofrimentos e vitórias.
domingo, 25 de setembro de 2011
A codependência está entre nós
A codependência está entre nós!
Eu acho que nunca havia ouvido falar nesse transtorno até namorar um dependente químico, eu não conhecia os seus sintomas e suas consequências até me afundar de vez e me entregar à ela, mas, a grande verdade é que ela já existia em mim, mesmo sem nunca ter se manifestado, eu já tinha uma forte propensão a ser uma CODEPENDENTE, a dependência do meu então namorado adicto foi apenas o gatilho para que ela aflorasse em minha personalidade.
Pois é, a codependência está mais presente entre nós do que imaginamos, e não está necessariamente ligada à um relacionamento com um dependente químico, há vários "tipos" de codependência, várias formas dela se manifestar, e seja qual for a sua forma ou seu tipo, acreditem não é nem um pouco saudável alimentá-la.
Há uma certa dificuldade em se diagnosticar tal transtorno pois, o próprio codependente consegue camuflar esse distúrbio, justificando as suas ações considerando-se "bonzinhos", "alguém que gosta de cuidar dos outros", "que se preocupa mais com alguém que gosta do que em sí mesmo". Com isso, o codependente consegue enganar a si mesmo, escondendo as suas "fraquezas".
Normalmente, o codependente traz consigo traços fortes e marcantes de baixa auto-estima e insegurança (assim como o dependente químico), e busca compensar isso, nutrindo um relacionamento doentio, seja esse relacionamento, um relacionamento entre pais e filhos, marido e mulher, namorados, não importa, a necessidade de "anular" esses sentimentos de vazio, insegurança e tantos outros se manifesta em qualquer tipo de relacionamentos.
Entre um dos motivos que destaca-se como justificativa e motivação para que o codependente mantenha relacionamentos doentios é a carência, devido a ela, o codependente acredita que a única forma de compensar tal sentimento é fazendo todos os gostos e vontade do outro, pois assim, ele acha que será recompensado com afeto e amor.
A partir daí, inicia-se um ciclo vicioso, onde um alimenta a dependência do outro.
Isso também acontece em relacionamentos "normais", onde não há a adição envolvida, por exemplo quando um se anula em nome do outro, fazendo todas as vontades dele, deixando-se para segundo plano, alimentando o sentimento de culpa por qualquer acontecimento que aborreça o outro e se sentindo na obrigação de cuidar do outro e de sempre estar lá por ele e com ele.
Não podemos também deixar de falar da necessidade de controlar que o codependente sente, mesmo que de forma um pouco camuflada, sentimos sim, necessidade de estarmos no controle em relação as ações do outro e até mesmo em relação as emoções do outro.
Precisamos ser honestos com nós mesmos afim de evitar que esse transtorno domine a nossa vida, por isso, fazer um "inventário" sobre si, sobre seus sentimentos, repensar suas atitudes são importantes e necessários.
Sejamos livres para sermos nós mesmos, sem sentirmos a necessidade de agradarmos os outros, que sejamos corajosos ao ponto de fazer pelo outro, somente aquilo que queremos fazer e não aquilo que achamos que temos que fazer para sermos notados e compensados!
Boa segunda-feira para todos nós!
Só por hoje, sejamos sinceros com nós mesmos porque sendo com nós, seremos com os outros também!
Postado por
GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
às
20:21
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Marcadores:
Codependência
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Será que existe cura para codependencia? Vira e mexe me pego repetindo os mesmos comportamentos codependentes, mesmo que por um segundo... mesmo quando consigo freá-los...
ResponderExcluirAi ai...
Mas vamos lutando!
E vencendo, só por hoje!!!
Beijos Giulli amada!
Ai gaby as vezes a gente se pega nos velhos habitos né, é algo que muda os nossos sentidos, fala mais alto, é muito louco tudo isso...
ResponderExcluirSe existe cura?? xii isso é dificil heim...Só nós mesmos para saber! E sempre colocar nós em primeiro lugar... Perguntinha dificil hehehe
Tamojunto nessa amoree
Beeijãoo para vcs duas
É meninas, codependência é mesmo algo difícil de ser entendida, precisamos nos vigiar constantemente, porque se vacilamos, permitimos que ela se instale novamente em nossas vidas, por isso precisamos ser conscientes e sinceras com nós mesmos...
ResponderExcluirBeijosss
Ae Mulherada...
ResponderExcluirEU AMO VCS!
Olá Sumido, bom vê-lo por aqui...rs
ResponderExcluirMeninas, bom dia. Preciso de ajuda. A uns 20 dias estou me relacionando com um adicto em recuperação limpo a quase 4 anos. Ele foi usuário por muitos anos teve 12 recaídas, e até morou na rua. Mas está firme na sua recuperação agora. Estou assustada com tudo que tenho lido, já fui com ele em uma reunião do NA e sinto que de fato ele se dedica. Já conheci os pais dele é estou gostando muito dele, mas tenho muito medo. Tenho dois filhos de outra relação, um inclusive adolescente... Não quero trazer aos meus filhos nenhuma dor ou sofrimento. Ele diz que sou a mulher da vida dele, que vamos nos casar... Que me ama... Mas ainda assim mesmo percebendo que é muito sincero tenho muito medo dele recair e trazer sofrimento pra nós. Está desempregado nesse momento é notei que ele tem muita dificuldade de lidar com as dificuldades da vida... Com os relatos acima notei que já tinha a coodependencia asbtes de namorar um adicto... O que acham que devo fazer, tenho 41 anos e ele 37. Bjs
ResponderExcluirMeninas, bom dia. Preciso de ajuda. A uns 20 dias estou me relacionando com um adicto em recuperação limpo a quase 4 anos. Ele foi usuário por muitos anos teve 12 recaídas, e até morou na rua. Mas está firme na sua recuperação agora. Estou assustada com tudo que tenho lido, já fui com ele em uma reunião do NA e sinto que de fato ele se dedica. Já conheci os pais dele é estou gostando muito dele, mas tenho muito medo. Tenho dois filhos de outra relação, um inclusive adolescente... Não quero trazer aos meus filhos nenhuma dor ou sofrimento. Ele diz que sou a mulher da vida dele, que vamos nos casar... Que me ama... Mas ainda assim mesmo percebendo que é muito sincero tenho muito medo dele recair e trazer sofrimento pra nós. Está desempregado nesse momento é notei que ele tem muita dificuldade de lidar com as dificuldades da vida... Com os relatos acima notei que já tinha a coodependencia asbtes de namorar um adicto... O que acham que devo fazer, tenho 41 anos e ele 37. Bjs
ResponderExcluirOlá meninas estou a 7 meses com um dependente químico em recuperação, está a um ano e alguns meses sem usar. Eu me separei recentemente e fiquei com ele me apaixonei,tenho duas filhas pequenas,mei ex marido ainda me ama, só que estou envolvida demais com ele o q faço?
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