Até onde você iria para ajudar alguém que escolheu o caminho errado em busca da tal felicidade? Em um mundo sofrido, perigoso e doloroso, eu senti na pele a dor de ver alguém querido tomar a decisão errada. Eu carreguei a minha própria nuvem de chuva enquanto decidi caminhar ao lado dele. Eu adoeci sem saber, uma doença tão perigosa quanto à dependência química. Eu me tornei uma codependente. E essa é a minha jornada, uma jornada de lágrimas, promessas, sofrimentos e vitórias.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Amar um dependente químico não significar aceitar a violência!
Olá pessoal, a minha última postagem foi sobre codependência e amor, abordando o tema violência também e por isso decidi fazer mais esse post, dando continuidade ao assunto.
Eu falei em ser codependente ao ponto de aceitar as agressões de um parceiro violento por exemplo e quero aproveitar o gancho para falar da codependência ligada ao dependente químico.
Sabemos que a droga afeta o comportamento do adicto, tornando-o mais agressivo, irritado, porém não pode ser usada como justificativa para os atos dele, um codependente não pode permitir que por causa da dependência do outro, seja agredido, mal-tratado e humilhado, porque embora o dependente se torne sim alguém mais instável, ele no fundo, em seu íntimo, em sua "versão" sem drogas, ele é o mesmo, a droga apenas mostra o que ele é de verdade, quem ele é de verdade.
Eu presenciei meu ex-namorado dependente sob o efeito do crack e não foi uma vez somente, presenciei ele sob fortes crises de abstinência e fissura, mas, mesmo eu sendo uma codependente, jamais ele me machucou fisicamente por estar sob efeito da droga, eu o conhecia o suficiente para saber que mesmo estando desesperado para consumir aquilo que o estava consumindo ou mesmo já estando sob efeito, ele não faria mal a mim.
Essa minha afirmação pode ser vista como incoerente ou insana, porque na verdade sabemos que quando estamos falando de drogas, nada mais é como era, mas, ainda sim eu volta a afirmar, eu não tinha medo, eu sentia em mim que estava segura, porque eu conhecia a essência dele.
Faço esse post, porque sei que há casos que o dependente desenvolve uma certa agressividade contra o codependente, que até um certo ponto, é normal, mas no sentido de agressividade verbal, em querer ferir o codependente para afastá-lo de si, para descontar nele as suas frustrações, mas, isso não dá brechas para justificar qualquer tipo de violência, se isto está acontecendo com você, preste atenção e pergunte-se se esse relacionamento é mesmo o que você acredita ser.
Amar um dependente químico não está ligado a amar uma pessoa violenta! Não confunda os sintomas da droga com os problemas de caráter já existentes no indivíduo.
Para as drogas, há várias "justificativas", é uma doença, mas, para a violência não!
Postado por
GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
às
15:00
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Codependência
Assinar:
Postar comentários (Atom)
ótimo post, é muito bom falar sobre isso, nada justifica uma violencia fisica, isso eu não aceitaria!!!
ResponderExcluirAmo vc Giuuu
Beeijos