É uma guerra sem nenhum "plano de combate", quando você está nela, você não sabe qual próximo passo dar, se você é abatido em uma batalha, você não tem um "plano" emergencial e menos ainda equipe de resgate, é você por você mesmo e mais nada.
Estou falando aqui da guerra que muitos de nós já vivenciou ou está vivenciando, é a guerra contra a dependência química. Eu não pedi para participar dessa guerra, não me alistei, não tive treinamento e mesmo assim, quando dei por mim, lá estava eu, combatendo com todas as minhas forças contra a dependência do meu então namorado. Eu não sabia que arma utilizar, não sabia como me defender e nem mesmo como atacar, eu conheci a guerra contra a dependência na prática, tudo o que hoje sei sobre ela, é porque no passado vivi e sofri inserida nela.
Hoje, após ler o post da minha amada amiga de Blog Poly, do Amando um dependente químico (aqui ), senti uma tristeza tão grande, primeiro porque venho acompanhado as postagens dela desde o começo e segundo porque eu sempre tive esperanças por ela e pela a história dela.
Nós, codependentes e também os dependentes químicos, temos histórias muito parecidas, conhecemos o sofrimento uns dos outros, mesmo sendo situações diferentes, no fundo, a essência da história é sempre a mesma.
Essa guerra de que falo, essa "maldita" guerra que destrói os lares, separa famílias, leva consigo os sonhos embora é capaz de nos levar à loucura, é capaz de fazer com que adoecemos juntamente com o dependente químico, tudo porque quando se ama um dependente químico, não importa que tipo de relação seja, pai/mãe e filho, namorada e namorado, marido e mulher, não tem como não se envolver e abandonar a história.
Eu sangrei muito, senti meu coração se quebrar em caquinhos, caminhei carregando sob minha cabeça a minha própria nuvem de chuva, desci ao inferno, senti como se minhas lágrimas nunca mais fossem cair de tanto que chorei, definhei sem perceber, adoeci sem nem conhecer essa doença, mas, ainda sim, eu tenho esperanças de presenciar o MILAGRE da recuperação.
E hoje, eu coloco essa esperança, com toda a minha força de pensamento, com todo o meu amor fraternal, sob o marido da amada Poly, hoje eu tenho como meta presenciar o milagre da recuperação do marido dela e só por hoje, eu acredito que milagres existem!
Se você sente ou já sentiu essa dor, junte-se a mim em pensamento e vamos desejar que a nossa companheira de blog que AMA UM DEPENDENTE QUÍMICO, assim como eu já amei um dia, tenha forças e seja abençoada pelo Universo e pelo Poder Superior com a graça da recuperação.
Estamos Juntas sempre e juntas somos mais fortes!