Até onde você iria para ajudar alguém que escolheu o caminho errado em busca da tal felicidade? Em um mundo sofrido, perigoso e doloroso, eu senti na pele a dor de ver alguém querido tomar a decisão errada. Eu carreguei a minha própria nuvem de chuva enquanto decidi caminhar ao lado dele. Eu adoeci sem saber, uma doença tão perigosa quanto à dependência química. Eu me tornei uma codependente. E essa é a minha jornada, uma jornada de lágrimas, promessas, sofrimentos e vitórias.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Feliz dez segundos, feliz novo ano!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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19:58
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terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Natal, codependência, Dependência
Feliz Natal meus amores!!!
Sumida, eu? Impressão...rs
É, estou ausente mesmo, mas não pensem que abandonei a minha recuperação, o meu blog, foi só a correria de fim de ano mesmo, tudo voltará ao normal, em breve.
Vamos primeiro para as notícias, para depois eu fazer a postagem sobre o tema escolhido.
Gabriel...
Poucos dias antes do Natal, fiquei sabendo pela irmã dele que ele "desistiu", ele disse para ela que não queria mais continuar o tratamento, que queria voltar para São Paulo, para a vida de antes. Tanto a irmã dele quanto o irmão tentaram convencê-lo a continuar na clínica, mas, ele estava irredutível e sabemos que não podemos controlar a recuperação de ninguém e então, ele se foi...
Chorei um bocado quando recebi a notícias, algumas amigas, companheiras viram no meu Face e me apoiaram bastante no dia e hoje, alguns dias depois, posso dizer que estou aceitando. É claro que pensei que depois de anos e mais anos, pela primeira vez eu ia ter um Natal completo, porque passar a noite de Natal sabendo que ele está em recuperação, seria a felicidade plena pra mim, já que foi na noite de Natal que descobri a dependência dele...Não foi nesse Natal, ainda não chegou a hora, mas a minha esperança sem expectativas continua e sempre continuará, só por hoje eu ainda creio na recuperação.
E por falar em Natal, é sobre isso o que eu realmente quero falar. Tenho estado ausente aqui do meu blog, mas acompanhando os outros blogs e as postagens na "nossa" comunidade no face e andei reparando em uma coisa, na repetição de fatos, parece que todas nós, Codependentes, passamos pela mesma experiência em uma determinada data.
E essa data é o Natal. Li várias companheiras falando dessa data, do quão triste ela costuma ser para várias delas, várias de nós.
Parece que todas Co, em algum Natal de suas vidas ao lado de seus amados dependentes, tiveram assim como eu alguma experiência nada agradável e que fez com que passasse a fazer se sentir triste nesta data.
Não foi um comentário somente, foram vários, dizendo quase a mesma frase: Não gosto do Natal, Natal me deixa triste, Natal me traz lembranças...
Normalmente, no Natal agente relembra de alguns fatos do ano que está chegando ao fim mas, para nós Co, não é somente as memórias do ano todo que retornam, é a memória também de algum Natal em que tenhamos passado imersas na dor, do desespero, na dúvida, em lágrimas, por causa de nossos amados dependentes químicos.
É minhas amigas, essa data nos deixa mesmo um pouco nostálgicas, mas, podemos mudar esse padrão certo? Vamos então daqui até o nosso novo ano, agradecer por estarmos em recuperação, agradecer por termos consciência de que podemos fazer as escolhas em nossas vidas e que somos fortes para arcar com as consequências dela...
Só por hoje minhas amadas, vamos apenas agradecer pela noite de ontem, seja como foi, vamos apenas agradecer por estarmos vivas, com dor ou sem dor, ainda sim, estamos vivas, não sobrevivendo, mas vivendo!
Um grande beijo!
Sumida, eu? Impressão...rs
É, estou ausente mesmo, mas não pensem que abandonei a minha recuperação, o meu blog, foi só a correria de fim de ano mesmo, tudo voltará ao normal, em breve.
Vamos primeiro para as notícias, para depois eu fazer a postagem sobre o tema escolhido.
Gabriel...
Poucos dias antes do Natal, fiquei sabendo pela irmã dele que ele "desistiu", ele disse para ela que não queria mais continuar o tratamento, que queria voltar para São Paulo, para a vida de antes. Tanto a irmã dele quanto o irmão tentaram convencê-lo a continuar na clínica, mas, ele estava irredutível e sabemos que não podemos controlar a recuperação de ninguém e então, ele se foi...
Chorei um bocado quando recebi a notícias, algumas amigas, companheiras viram no meu Face e me apoiaram bastante no dia e hoje, alguns dias depois, posso dizer que estou aceitando. É claro que pensei que depois de anos e mais anos, pela primeira vez eu ia ter um Natal completo, porque passar a noite de Natal sabendo que ele está em recuperação, seria a felicidade plena pra mim, já que foi na noite de Natal que descobri a dependência dele...Não foi nesse Natal, ainda não chegou a hora, mas a minha esperança sem expectativas continua e sempre continuará, só por hoje eu ainda creio na recuperação.
E essa data é o Natal. Li várias companheiras falando dessa data, do quão triste ela costuma ser para várias delas, várias de nós.
Parece que todas Co, em algum Natal de suas vidas ao lado de seus amados dependentes, tiveram assim como eu alguma experiência nada agradável e que fez com que passasse a fazer se sentir triste nesta data.
Não foi um comentário somente, foram vários, dizendo quase a mesma frase: Não gosto do Natal, Natal me deixa triste, Natal me traz lembranças...
Normalmente, no Natal agente relembra de alguns fatos do ano que está chegando ao fim mas, para nós Co, não é somente as memórias do ano todo que retornam, é a memória também de algum Natal em que tenhamos passado imersas na dor, do desespero, na dúvida, em lágrimas, por causa de nossos amados dependentes químicos.
É minhas amigas, essa data nos deixa mesmo um pouco nostálgicas, mas, podemos mudar esse padrão certo? Vamos então daqui até o nosso novo ano, agradecer por estarmos em recuperação, agradecer por termos consciência de que podemos fazer as escolhas em nossas vidas e que somos fortes para arcar com as consequências dela...
Só por hoje minhas amadas, vamos apenas agradecer pela noite de ontem, seja como foi, vamos apenas agradecer por estarmos vivas, com dor ou sem dor, ainda sim, estamos vivas, não sobrevivendo, mas vivendo!
Um grande beijo!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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sábado, 15 de dezembro de 2012
Reencontro - Leila kruger
Olá pessoas, espero que estejam todos bem, em ritmo de Festas, é claro...
Essa postagem vai fugir um pouco da regra, não vou falar de Codependência, Dependência Química ou Recuperação.
Vou falar sobre um livro que acabei de ler e que gostei muito, me tirou uma boa quantidade de lágrimas...
Já faz quase um ano quando a autora do livro, Leila Kruger deixou um recado aqui no meu blog, falando do lançamento de seu romance e desde então, esse livro se tornou um dos meus desejados em minha extensa lista de livros que quero.
Mês passado finalmente chegou a vez dele, eu o comprei. Eu o devorei.
Abaixo segue a Sinopse:
"Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar.
"O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu...
Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino?
Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão?
Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.
O livro, é um ROMANCE, porém, a autora aborda nele o tema drogas, mas não a versão que nós conhecemos, o foco está no que antecede as drogas, o que leva a personagem a entrar nesse mundo, suas lutas internas, a sensação de estar fora do lugar, de não se encaixar, seus medos, angústias.
Com seus diálogos complexos e cheio de mensagens, a personagem Ana Luiza me conquistou de uma forma única, esse livro tem tanto de mim e do Gabriel, em meu livro falo da sensação que o Gabriel tinha de não pertencer a lugar algum, de achar que sempre estava faltando alguma coisa, com Ana Luiza não é diferente. A trilha sonora que acompanha Ana Luiza, são as músicas preferidas do Anjo Gabriel, e algumas, as minhas também.
Chorei, chorei em vários momentos, eu não conseguia parar de ler porque embora seja um romance, senti ele tão vivo, tão real, justamente por abordar um tema que para mim foi real.
Sem dúvida, Reencontro se tornou um dos meus livros favoritos e por isso deixo aqui a dica, um livro lindo, emocionante, tocante, de tirar lágrimas e de nos fazer acreditar no amor.
Essa postagem vai fugir um pouco da regra, não vou falar de Codependência, Dependência Química ou Recuperação.
Vou falar sobre um livro que acabei de ler e que gostei muito, me tirou uma boa quantidade de lágrimas...
Já faz quase um ano quando a autora do livro, Leila Kruger deixou um recado aqui no meu blog, falando do lançamento de seu romance e desde então, esse livro se tornou um dos meus desejados em minha extensa lista de livros que quero.
Mês passado finalmente chegou a vez dele, eu o comprei. Eu o devorei.
Abaixo segue a Sinopse:
"Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar.
"O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu...
Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino?
Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão?
Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.
O livro, é um ROMANCE, porém, a autora aborda nele o tema drogas, mas não a versão que nós conhecemos, o foco está no que antecede as drogas, o que leva a personagem a entrar nesse mundo, suas lutas internas, a sensação de estar fora do lugar, de não se encaixar, seus medos, angústias.
Com seus diálogos complexos e cheio de mensagens, a personagem Ana Luiza me conquistou de uma forma única, esse livro tem tanto de mim e do Gabriel, em meu livro falo da sensação que o Gabriel tinha de não pertencer a lugar algum, de achar que sempre estava faltando alguma coisa, com Ana Luiza não é diferente. A trilha sonora que acompanha Ana Luiza, são as músicas preferidas do Anjo Gabriel, e algumas, as minhas também.
Chorei, chorei em vários momentos, eu não conseguia parar de ler porque embora seja um romance, senti ele tão vivo, tão real, justamente por abordar um tema que para mim foi real.
Sem dúvida, Reencontro se tornou um dos meus livros favoritos e por isso deixo aqui a dica, um livro lindo, emocionante, tocante, de tirar lágrimas e de nos fazer acreditar no amor.
Fica difícil eu falar sobre o livro como somente uma leitora, eu falo dele como uma Codependente em recuperação que espera até hoje que o seu anjo Gabriel reencontre o seu caminho, como Ana Luiza reencontrou o seu.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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23:00
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Quando acreditamos no impossível...
Olá pessoas, antes de mais nada, desculpa pela minha ausência temporária...
Tenho trabalhado demais, saído tarde do trabalho e quando chego em casa, parece que ando meio travada para escrever, sem coragem, sei lá...
As idéias aparecem e somem rápido demais, mas, acho que é normal, são momentos... Só preciso focar, é isso...
Bom, eu vi em uma postagem no Facebook essa foto ao lado, a imagem por si só já foi capaz de me emocionar, mas, ao ler a frase escrita sobre ela, se tornou impossível segurar as lágrimas que vieram juntamente com as lembranças.
Acho que independente da religião, aliás, no livro eu falo sobre a minha espiritualidade, a minha forma de ver a religião, onde hoje eu creio em Deus e acho válida quase todas as religiões, acredito que elas nos levam para o mesmo lugar, para Deus, Alá, Brahmã, Poder Superior e quanto ao Salmo 91, é um salmo que gosto muito, ele me acompanhou durante toda a minha jornada, quando a minha fé em Deus, no Poder Superior foi testada e toda noite quando o Gabriel sumia, eu me trancava em meu quarto, e a primeira oração que eu fazia, a primeira prece, era o Salmo 91, lembro-me da sensação reconfortante que eu sentia sempre ao terminar de rezar, lembro-me como se fosse hoje da sensação de serenidade que eu sentia, era como se após rezar, eu tivesse certeza de que Deus estava me ouvindo e ia providenciar o retorno do Gabriel, sã e salvo.
E isso de fato acontecia, mesmo após dias de sumiço, sem notícias, algo sempre me dizia que ele ia voltar e ele voltava.
É como se a minha fé fosse crescendo na medida em que o desespero crescia e era como se o Universo, Deus, o Poder Superior encontrasse uma forma de me acalmar e me dar forças.
Não frequento Igrejas, sou católica de berço, cresci em um colégio de freiras, onde se rezava em francês e inglês todos os dias, cresci me confessando desde os 11 anos mais ou menos, mas, isso não foi imperativo para que eu achasse que somente a minha religião era a certa, busquei respostas em várias outras, não por achar que a minha não tinha respostar, mas, por achar que cada uma das religiões tem a sua visão da mesma situação e me inclinar a buscar tais respostas, foi o que me ajudou a entender de diversas formas tudo o que vivi. O que quero dizer é que acho que não importa qual é a sua religião, o que importa é a nossa fé, a nossa crença em Algo que não podemos ver, é acreditar no impossível e saber que quando acreditamos no impossível, ele se torna possível.
É curioso o que vou dizer, mas, às vezes, quando "algum desvio" no rio da minha vida aparece, quando uma "curva" inesperada aparece em meu caminho e eu me sinto um pouco desesperada, eu busco dentro de mim aquela garota de 18 anos que conheceu o inferno na terra e que encontrou forças para não desistir, eu procuro me lembrar daquela fé inabalável que eu sentia e tento trazer para a minha vida atual a mesma fé.
Acho que eu nunca tive tanta fé em Deus, no PS como naquela época e ter tido a minha fé testada e sentir que passei no teste é mais um motivo para eu dizer que Valeu a Pena!
Eu conheci o verdadeiro significado da palavra acreditar e hoje, sempre que algo me tira do meu eixo, busco uma forma de me conectar com aquela garota forte e faço isso, rezando o Salmo 91, é a minha forma de me conectar com minha fé.
É curioso o que vou dizer, mas, às vezes, quando "algum desvio" no rio da minha vida aparece, quando uma "curva" inesperada aparece em meu caminho e eu me sinto um pouco desesperada, eu busco dentro de mim aquela garota de 18 anos que conheceu o inferno na terra e que encontrou forças para não desistir, eu procuro me lembrar daquela fé inabalável que eu sentia e tento trazer para a minha vida atual a mesma fé.
Acho que eu nunca tive tanta fé em Deus, no PS como naquela época e ter tido a minha fé testada e sentir que passei no teste é mais um motivo para eu dizer que Valeu a Pena!
Eu conheci o verdadeiro significado da palavra acreditar e hoje, sempre que algo me tira do meu eixo, busco uma forma de me conectar com aquela garota forte e faço isso, rezando o Salmo 91, é a minha forma de me conectar com minha fé.
Não importa qual é a sua crença, o importante é acreditar!
Boas 24 horas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Eu não aceito!
E as coisas vão simplesmente acontecendo, como um trem desgovernado em alta velocidade sem estação certa para parar, um atropelamento de situações, você quase não tem tempo para respirar, a única coisa que você consegue fazer é seguir o tal do fluxo, é lutar para não ser arremessada para fora desse trem, nada mais do que isso.
É estressante, você é testada além do seus limites, muito além do que você um dia pensou suportar e tudo continua a passar em sua vida com um cometa, dia após dia, é tudo rápido demais, a única coisa que você sente em câmera lenta é a dor, essa, passa estranhamente lenta demais, não importa em qual velocidade o trem esteja, ela parece não seguir o mesmo ritmo, o mesmo tempo, o mesmo espaço.
Tristezas, decepções, mágoas, dor, lágrimas, pequenos sorrisos, esperança, alegria...Uma mistura de sentimentos em erupção, quase explodindo enquanto você luta para controlar cada um deles. Cansaço. Desânimo.
-Até quando? Você se pergunta.
-Quanto tempo eu ainda vou suportar? Você se indaga esperando um resposta, mesmo que seja o eco de sua própria voz.
-Eu não aguento mais! Você se lamenta.
-Até quando? Você se pergunta novamente e então a resposta lhe aparece como uma nuvem acinzentada. Você percebe que têm estado ocupada demais se escondendo da verdade, com medo de gritar para o mundo o que sente e a partir daí não suportar mais sentir. E quando você percebe isso, você definitivamente gritou para si que não aceita mais isso, não aceita mais sofrer dessa forma, não aceita mais se anular, não se amar, não se valorizar, não se colocar como prioridade.
E você não aceita mais não se feliz.
E o que acontece depois?
Parece que de uma certa forma, quando você diz para o Universo que você não aceita dele nada menos que a felicidade, ele tem um jeito estranho e inigualável de fazer com que as coisas se ajeitem e aos poucos, a felicidade passa a ser a sua companhia novamente.
Quando não aceitamos algo que nos tem machucado, estamos não só dizendo não para aquela situação, mas, estamos dizendo não para toda e qualquer situação que tente nos derrubar.
Apenas não aceite àquilo que te faz mal, quando você tiver consciência do que realmente te faz mal, o Universo vai trabalhar para mudar essa situação.
Quer uma dica?
Não aceite a compulsão desenfreada do seu amado dependente químico, aceite a doença, é diferente.
Quando você aceita a doença, o Universo trabalha na cura, quando você aceita a compulsão, o que você recebe de volta é a Codependência, fruto dessa compulsão...
Boas 24 horas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Momento certo!
Foi o momento certo.
Quanto mais o tempo passa, mais tenho plena convicção que tudo aconteceu em seu devido momento.
Eu fiz a minha escolha, isso não significa que eu não tenha sofrido com ela, não significa que tenha sido fácil fazê-la e arcar com as consequências que vieram depois, mas, foi sim, a escolha certa, na hora certa.
Eu escolhi sair de cena, dar alguns passos para trás, abrir espaço, soltar a mão dele e deixar que ele caminhasse com suas próprias pernas no exato momento em que um limite havia se formado, o limite dos nossos sentimentos e isso explica o fato de mesmo, tanto tempo depois, eu ainda ter por ele um sentimento lindo, de carinho, admiração, compaixão.
Eu o deixei antes que as drogas transformasse tudo o que de lindo vivemos em algo escuro e triste.
Eu o deixei antes que em minha memória ficassem apenas as lembranças de dor e lágrimas.
Eu o deixei antes que a minha doença se tornasse tão perigosa e mortal quanto a doença dele.
Eu o deixei antes que o amor que tínhamos um pelo outro se transformasse em raiva e nada mais.
Eu o deixei.
Eu o deixei livre para fazer as suas próprias escolhas, para reescrever a sua história, eu dei à ele uma página em branco com apenas um dizer no rodapé : Seja feliz!
E desde então, esse é o meu desejo, que ele encontre a felicidade, que ele saiba reconhecer a chegada dela.
Eu o amei com todo o meu coração, ele foi o meu mundo durante o tempo em que juntos ficamos e eu sei que fui o mundo dele também e por isso é tão importante para mim ter feito a escolha de deixá-lo na hora certa, é por isso que consigo viver com as boas lembranças dele mesmo em meio às lembranças dolorosas, porque não há um céu cinza de lembranças escuras sobre a minha cabeça, há somente tempestades pela qual eu passei.
Não matamos o nosso sentimento, pelo contrário, o vivemos como tínhamos que viver e pelo tempo em que tínhamos que viver.
Não tivemos tempo de nos magoar, não tivemos tempo de ferirmos um ao outro, toda dor sentida foi somente fruto da doença dele e das atitudes dele decorrente dessa doença, nada mais além disso, nenhuma decepção pessoal, nenhuma frustração que não fosse por causa da droga. Não, não tivemos.
Estou feliz com minha escolha, feliz por poder todos os dias dizer que Valeu a Pena.
E se alguém me perguntar como ainda consigo ter lembranças boas depois de tudo o que vivi com ele, eu responderei que foi porque paramos no tempo certo, aonde um dos sentimentos mais lindo do mundo ainda existia entre nós. Somente isso.
Boas 24 horas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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domingo, 4 de novembro de 2012
Amor e Raiva!
"...Ele quase não pronunciou palavra alguma, pálido, quieto, não conseguia me olhar nos olhos, ou não queria, porque sabia que meus olhos estavam ardendo em fogo enquanto eu o estudava minuciosamente. Depois do alívio de vê-lo bem, fui tomada por um sentimento obscuro, senti ódio dele, senti raiva, dele e de mim, queria desesperadamente entender o porquê. Ele havia estragado a minha noite de Natal, a nossa noite de Natal e parecia não estar se importando com isso!"
(Trecho do livro Valeu a Pena - A Jornada de uma Codependente )
E essa foi acho que a primeira vez que senti raiva dele, foi quando, cerca de uma semana após eu ter descoberto a recaída dele, após longos 3 anos, e na noite de Natal ele se presenteou com o seu objeto de desejo, necessidade e por que não, obsessaõ? Foi uma longa noite de espera, uma longa e torturante noite de espera, a primeira vez de fato que eu sabia o real motivo do seu desaparecimento, que eu sabia que a droga havia se tornado então, o seu bem mais precioso.
A única coisa que eu não sabia era como lidar com esse novo sentimento que passei a sentir. A Raiva.
Eu não sabia que senti-la fazia parte do processo e que trabalhá-la era a minha mais nova obrigação.
Houve momentos em que tive vontade de arremessá-lo em um penhasco e me jogar em seguida para salvá-lo, momentos em que tive vontade de atirar nele e me jogar na frente para não acertá-lo. Amor e raiva, dois sentimentos totalmente confusos e perdidos dentro de mim.
E estar ao lado de um dependente químico é exatamente isso, essa confusão de sentimentos, essa montanha-russa de emoções.
E quantas outras vezes não vim a sentir essa mesma sensação sem ainda entender que ela fazia parte do "pacote ajudando um dependente químico"? Eu sentia raiva dele cada vez que desaparecia e embora esse sentimento fosse neutralizado pela alegria de vê-lo vivo cada vez que ele retornava, ainda sim ele estava dentro de mim e eu não sabia como trabalhá-lo.
Sentir raiva não é um sentimento nobre, e eu não me permitia senti-lo, então comecei a trocá-lo por um sentimento muito pior, a Culpa. Toda e cada vez que ele sumia, que eu me sentia trocada pela droga, cada vez que ele agia como se não se importasse mais comigo e com meus sentimentos, eu passei a não mais sentir raiva dele por me fazer sofrer, eu passei a me culpar por não ser boa o bastante para fazê-lo parar, passei a me culpar por não ser o suficiente para ele ao ponto de tirar dele a vontade da droga.
Acredite, sentir raiva pode ser destruidor, mais, sentir culpa é apavorantemente pior. A raiva pode e precisa ser trabalhada, senti-la às vezes é necessário, para que possamos colocar para fora o que dentro de nós não pode mais ficar, mas, sentir culpa, é assumir a responsabilidade de algo que não temos controle algum e isso é capaz de nos matar lentamente.
O meu conselho?
Permita-se sentir raiva e depois disso, trabalhe-a! Se você não senti-la, não poderá substituí-la. Sinta a raiva que o momento exige e depois troque-a pela serenidade que você precisa!
Esse é o meu conselho, não fugir dos sentimentos e o mais importante, não trocá-los por sentimentos mais destrutivos ainda, como a culpa.
Boas 24 horas para nós.
Serenidade!
Participe da Corrente Positiva do blog, clique aqui e deixe o nome de quem quer que se recupere em nossa corrente. Juntos somos mais fortes.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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domingo, 28 de outubro de 2012
Sentir para controlar!
Você só aprende a controlar o desejo se você sentir o desejo!
Isso é fato, enquanto não nos permitirmos sentir algo, enquanto não liberamos nossas sensações e emoções para que esse algo extravase, nós não poderemos controlar esse algo.
É simples, eu sou louca, quase que compulsiva por chocolate e sei que só consigo dominar esse desejo quando me permito sentir a vontade de comer um chocolate. Enquanto eu tento bloquear o pensamento da minha mente, enquanto digo para mim mesma que hoje não vou comer, que não estou com vontade, mas vontade pareço sentir, mas, quando me entrego à essa vontade em pensamento, quando assumo que ela existe, eu consigo controlá-la, eu assumo as rédeas da minha vontade e mostro que eu é que estou no comando.
É claro, estou parafraseando aqui, sabemos que essa questão de vontade e desejo é bem mais complexa do que a minha louca vontade por chocolates, mas, o que eu quis dizer com o parágrafo acima é que muitas vezes, a nossa vontade de que "nossos" adictos se livrem das drogas é tão grande que não permitimos que eles enfrentem as suas próprias vontades, nós não permitimos que eles demonstrem sentir essa vontade e com isso estamos impedido-os de controlá-la.
Um dependente químico, mesmo que em recuperação, sentirá vontade de sua droga preferida pelo resto de sua vida, todos os dias, sentirá saudades dela mesmo que ele dê o máximo de valor para a sua vida em recuperação e não deixá-lo expressar essa vontade é forçá-lo a não controlá-la, é não permitir que ele enfrente o seu próprio desejo.
Você, que está ao lado de um adicto, você permite que ele fale com você sobre o que a droga faz com ele, como ela o controla, quantas vezes ele sente vontade de usá-la?
Posso estar errada, mas acho que na maioria das vezes, a resposta vai ser não e sabe por quê? Porque a verdade é que quando eles falam sobre a vontade que sentem de usar droga, nós nos sentimos inferiorizadas, tristes e até mesmo fracassadas.
É só o assunto começar que lá vem a nossa codependência com seu sentimento de inferioridade para atrapalhar tudo, e aí começamos com o papo "Não diga isso", "Você é forte", " Você vai conseguir", "Olha o que você já conseguiu" e por aí vai.
É claro que não há nada de errado em sermos positivas, mas temos que pensar que às vezes, o que eles precisam é sentir que somos conscientes de que eles não são fortes como queremos que sejam e nem fracos como eles pensam que são.
Acho que às vezes, cobramos demais de "nossos" adictos e não percebemos que nessa cobrança, não estamos dando direito à eles de fraquejarem. Não quero dizer que não temos que cobrar, eles tem que ser responsáveis por cada ato que comentem, o que quero dizer é que momentos de conversa franca são importantes para a recuperação deles, eles precisam saber que somos conscientes das limitações deles e que eles podem falar sobre elas.
Vamos, só por hoje, permitir que eles falem sobre as suas vontades, com franqueza, sem medos.
Vamos, só por hoje, aceitar que eles sentirão falta da droga pelo resto de suas vidas e que de nada vai adiantar fazermos chantagens emocional para bloquear tal vontade.
Só por hoje, vamos aceitar essa doença e permitir que eles se recuperem dela de verdade, assumindo ela, para então, lutar contra ela.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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domingo, 21 de outubro de 2012
Consequência e Reconpensa
E então você percebe que depois de verbalizar um sentimento, seja bom ou ruim, ele vai com o tempo diminuindo, é como se a consequência de guardá-lo para você fosse a angústia e a recompensa por verbalizá-lo fosse a liberdade dele mesmo.
Giulliana Fischer Fatigatti
E é por isso que dividir a nossa dor é tão importante. Não é apenas uma filosofia demagoga que diz que dor dividida é dor diminuída, é simplesmente pelo fato que ao dividi-la estamos verbalizando aquilo está nos consumindo por dentro e ao fazer isso, estamos nos libertando desse sentimento.
Se eu jogar para cima uma bexiga cheia de água, eu consigo agarrá-la de volta quando ela estiver caindo, se eu jogar duas bexigas cheias para cima, talvez eu ainda consiga agarrá-las na volta sem que elas estourem no chão, mas, para que eu consiga agarrar mais de duas bexigas, eu preciso de alguém para me ajudar e se forem várias bexigas, eu e esse mais alguém precisaremos de mais alguém também.
É uma reflexão simples, porém verdadeira. Se não buscarmos ajuda, dificilmente conseguiremos!
O problema é que na maioria das vezes, estamos tão anestesiados com a nossa própria dor que não nos damos conta de que ela existe, nós camuflamos ela tão bem que às vezes é como se ela já fosse parte de nós mesmos, de nossa essência e chegamos a nos esquecer de como éramos sem ela antes e quando nos damos conta da sua existência, ficamos tão perdidos por não saber lidar com ela que parece que ela vai nos levar à loucura e algumas vezes, mesmo que por alguns segundos, chega a levar...
O momento mais difícil é esse, é quando nos tornamos conscientes de que do jeito que está não dá mais, é quando percebemos que precisamos fazer algo para matar aquilo que vem há tempos nos matando e que só agora nos demos conta, esse momento de conscientização por si só já nos faz sentir mais dor, porque lembranças boas e ruins surgem como um vulcão em erupção e não estamos preparados para lidar com as larvas que estão escorrendo por ele.
Às vezes, deixamos de acreditar que será possível superar a dor somente pelo fato de que não a dividimos, ás vezes, achamos que não vamos suportar tamanha provação e acabamos perdendo a fé em nós mesmos e em nossa capacidade de superação, mas, como eu disse no post anterior,Somos Resilientes, temos a capacidade de seguir em frente, de irmos para o fundo do poço e de lá sairmos porque sabemos que o chão não é o nosso lugar, somos sim como a Fênix que renasce das cinzas e só precisamos aceitar a nossa dor para então percebermos que podemos sim superá-la!
Eu já aceitei e você?
Boas 24 horas, participem da nossa Corrente Positiva clicando aqui
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Somos Resilientes!
Consultando o meu amigo Dicionário, Resiliência é definida como um processo da física que remete à elasticidade, poder de recuperação e resistência ao choque.
Achei incrível essa definição, embora seja uma definição da física, notaram alguma semelhança com nós, Codependentes e Dependentes em recuperação?
Eu me vi em cada uma dessas palavras, me senti elástica em várias situações, senti o meu poder de recuperação e a força da minha resistência ao choque.
Mas, não me contive, tive que continuar a minha busca e então no meu amigo Wikipédia encontrei outra definição, a da Psicologia, a minha área de paixão. Diz:
Resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas sem entrar em surto psicológico.
Tá, tudo bem, concordo que às vezes nós estramos em alguns pequenos surtos né, mas, ainda sim, se viram nessa definição? Eu me vi, com toda certeza me vi!
É a qualidade de seguir em frente e sair fortalecido de uma crise e tal qualidade tem feito com que a medicina se interrogue por que alguns são mais resistentes que outros.
Quando aceitamos o que não podemos mudar, estamos também nos concentrando sobre as que podemos mudar e com isso, deixamos de reagir à uma determinada situação e passamos a agir em como resolvê-la.
Resumindo, resiliência é a capacidade de psicoadaptação de cada ser humano. Adaptar a sua psique às mudanças da vida.
Ser resiliente é reagir positivamente às mudanças e situações adversas.
O Prof. Rolf Roberto Kruger, especialista em dependência química e codependência, mestre em Teologia, diz que embora as causas que levam o indivíduo a usar drogas são várias, existe uma que é sempre comum à todos, é a falta de RESILIÊNCIA, e não só do indivíduo, mas da família, de quem convive com ele. Ele diz que a ausência da resiliência é uma das causas da dependência química e também da codependência.
Somos portanto resilientes, nos adaptamos as dificuldades, temos a capacidade de irmos para o fundo do poço e voltar à superfície com força total, sabemos que o chão não é o nosso lugar e por isso, afzemos questão de nos mantermos em pé, somos guerreiras e guerreiros, somos como a Fênix que renasce das cinzas, somos portanto resilientes sim!
Força! Boas 24 horas!
Participem da nossa Corrente Positiva clicando aqui!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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sábado, 13 de outubro de 2012
Minha única opção!
A única opção que tenho é ser feliz, não posso aceitar da vida nada menos do que a felicidade, isso é uma escolha diária, que faço todos os dias ao acordar, desejo sempre que as próximas 24 horas sejam repletas de bons momentos e sei que nem sempre serão, então, quando não são, desejo apenas que eu aprenda com cada momento de não felicidade para que eu logo possa escolher novamente a felicidade em minha vida!
Posso ter meus momentos de tristeza e sei que posso ter e posso até curti-los, porque sei que não tenho a obrigação de estar sempre bem, eu tenho a opção e se eu recair, é só por hoje!
Seja bom ou ruim, são somente 24 horas e nessas 24 horas posso escolher como quero agir e reagir...
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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domingo, 7 de outubro de 2012
Para quem não acredita em milagres...
Um dia você acorda e olha para a linda bola de fogo brilhando lá fora e diz para si mesma que você terá um lindo dia. E tudo caminha para isso, mas, então, acontece alguma coisa, coisa pequena, talvez quase que insignificante diante da magnitude de um dia tão lindo, e te deixa pra baixo, com o coração triste, por algo que nem depende de você e que não está ao seu alcance para mudar.
Você vai dormir, mas, antes de dormir, no banho, ouvindo música, um filme passa pela a sua cabeça, um filme de toda a sua vida e você se dá conta que tem que agradecer pelas bençãos recebidas, pela família que tem, pelo marido maravilho e filha exemplar, pelo emprego, pelas amizades e por fim, por tudo o que viveu até chegar até aqui.
E foi assim que ele me veio à mente, foi no momento em que eu estava agradecendo por tudo o que vivi, que ele surgiu como uma lembrança boa, uma lembrança dele de antes das drogas, uma imagem bonita que me fez repensar em porque eu estava triste, já nem me lembrava mais.
O dia seguinte tinha tudo para ser somente mais um domingo, até que a roda da vida girou e transformou esse simples domingo em um domingo simplesmente perfeito!
Hoje, nesse domingo simplesmente perfeito, tive notícias do Gabriel, conversei com a sua irmã, ela foi visitá-lo e não poderia trazer notícias melhores.
Ele está centrado, aceitando a sua doença, tem recebido elogios dos psicólogos, está forte, bonito, sorridente.
Lágrimas caíram dos meus olhos, só Deus sabe o quanto eu esperei para ouvir isso, mas, as notícias não pararam por aí não. Ela me disso algo muito mais grandioso.
Ele tem um filho!
Um filho de dois anos, fruto de um relacionamento com uma namorada em SP.
A irmã dele disse que teve vontade de pegar o carro e ir direto para a casa da moça, para ver a criança, mas, os psicólogos, ele e o irmão dele acharam melhor esperar.
O mais bonito foi que ele disse para ela que foi a criança que o motivou a buscar ajuda e pedir socorro, que ele acordou um dia, olhou para o seu anjinho e disse que queria ser um pai melhor para ele.
Vocês podem imaginar a minha alegria não é mesmo?
Agora, o mais impressionante foi o que ela falou depois.
Adivinhem o nome desse pequeno anjinho?
Acertaram!!! Ele se chama Gabriel. O mesmo nome que dei à ele em meu livro... Incrível!
Acho que não preciso nem mais continuar essa postagem, vocês entenderam o motivo pelo qual eu a intitulei de Para quem não acredita em milagres.
É isso minha gente, só por hoje, eu sei que ele está bem, sei que está vencendo e isso já faz com que o acredite em milagres.
Boas 24 horas, vamos continuar com as nossas orações, se você ainda não deixou o seu recado com o nome na nossa corrente, entre aqui.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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18:49
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Milagres
sábado, 22 de setembro de 2012
Corrente Positiva! Participem!
Olá pessoas, espero que estejam todos bem, aproveitando essas 24 horas!
Estive ausente essa semana pois o trabalho tem consumido de mim algumas horas a mais do meu dia, mas, acredito que será só por mais uma semana e em breve terei as minhas noites de volta e poderei escrever com mais frequência.
Afinal, escrever é um dos pilares da minha recuperação!
Hoje quero fazer um pedido à vocês, fazer uma proposta na verdade.
Conversei muito com a irmã do Anjo Gabriel, foi algo tão fantástico para mim, como a grande maioria de vocês leram o livro, sabem como o meu relacionamento com a família dele ficou desgastado devido ao fato de eu não entender de fato o mundo em que eu estava entrando ao decidir ajudá-lo e a família dele ter tentado me mostrar que não seria fácil.
Na nossa conversa ela disse que lamenta muito por tudo o que passei, pela dor que eu senti e me foi tão fácil dizer para ela que não quero que ela lamente, pois eu não me arrependo nem por um segundo, valeu a pena cada dor, cada lágrima, cada sorriso, cada esperança, cada pequena vitória e diante disso, ela me deu uma ideia ótima e ela que quero compartilhar com vocês.
Por meio de comentários nessa postagem, vamos colocar os nomes dos nossos anjos dependentes químicos, os nomes para quem desejemos recuperação, seja marido, namorado, pai, filho, esposa, filha, namorada, sobrinha...
Cada um coloca o nome em forma de comentário e todos os dias, ao Meio dia, vamos mentalizar a recuperação para essas pessoas, orando por elas. Não precisa de muito tempo, apenas alguns minutos será o suficiente, o importante é que vamos estar todos comprometidos em ao mesmo tempo elevarmos nossos pensamentos ao nosso Poder Superior e desejar com todo o nosso coração que a recuperação dessas pessoas aconteça.
Eu particularmente acredito muito na força do Pai Nosso, não é uma oração restrita á uma religião somente, é um mantra Universal e poderoso.
A partir de amanhã, ao meio dia, estarei inciando essa corrente e conto com vocês!!!
Fiquem em paz, eu estou!
Lista de nomes deixadas como comentário:
"Anjo Gabriel"
"AMS" (Polly)
"Mateus Carvalho Fernandes" (nome deixado pela Julia na comunidade Dependência Química, no Facebook)
"Sandro" (Luciana)
"Angêlo Júnior" (JJ)
"YMCR" (Meu companheiro usuário)
"Dú" (Kel)
"Ícaro" (Anônimo)
"Ricardo" (Anônimo)
"P.R" (Emily)
"D.R.C" (Gaby)
"D.H.N" (Sol Brilhando)
"G.C" (P)
"Jú", "Olímpio", "Leonardo", "Giovanni" e "Ariana" (Adicto em recuperação)
"Henrique" (Cicie)
"D.H.S" (Ledinha)
"K.W.M" (Kaah)
"João" (Maria)
"Diego" (Deborah Machado)
"Antonio Marcos Resende" (Lene)
"Sabrina"
...
...
"Senhor, eu fecho meus olhos elevo meus pensamentos e dedico esse minuto em nome da recuperação de todos os dependentes químicos, que o Senhor ilumine o caminho deles e os tragam de volta para a vida"
Amém!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Eu nunca deixei de acreditar, feliz demais!
Boa noite pessoas!!!
Estou sentindo o mundo girar, como se ele tivesse saído de sua órbita, minhas pernas estão bambas e nesse momento, meus dedos tremem ao digitar.
A sensação do coração palpitando, a sensação do gelo no estômago, a mistura de sentimentos e as lágrimas nos olhos que não param de escorrer são os efeitos colaterais do que estou sentindo nesse exato momento.
Não faz muito tempo, postei para vocês sobre a descoberta do Anjo estar preso e depois sobre a confusão de sentimentos que eu estava sentido por não saber o que fazer diante da minha descoberta. Eu cheguei a comentar que não sabia se devia falar para a família dele ou não, enfim, eu nada fiz a não ser orar e orar, às vezes, antes de dormir, eu orava tanto e as lágrimas escorregavam pelos meus olhos que o ar chegava a me faltar, mas, orar foi a única coisa que fiz.
Hoje, agora pouco pra ser sincera, eu falei pelo Facebook com a irmã dele, ela fez um comentário em uma foto minha e eu fui agradecer e acabei falado sobre ele, sobre a prisão e aí foi que o melhor aconteceu.
Ela me respondeu que ele não está mais preso, que ele está em uma clínica de recuperação!!!
Disse que não me contou antes porque teve medo de me fazer relembrar de tudo e sofrer, mas que faz apenas uma semana que ele aceitou ser internado.
Eu estou radiante, porque eu nunca deixei de acreditar na recuperação dele, nunca deixei de crer que ela é possível e nesse momento, eu só tenho que agradecer!
Obrigada meu PS, obrigada Universo!
"Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você"
"Só enquanto eu respirar, vou acreditar na sua recuperação"
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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21:38
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sábado, 8 de setembro de 2012
Aceitando a dor!
Segredo para recuperação? Não sei se existe.
Uma coisa é fato, fórmulas milagrosas não funcionam nesse caso.
Se há um caminho mais curto para se chegar na tão esperada recuperação, também não sei, não fui apresentada à esse caminho, a minha recuperação se deu da forma mais lenta possível, Deus e como foi lenta!
Mas, funcionou! E funcionou de forma verdadeira, real, sem fantasias, sem máscaras.
Então, se me perguntarem qual é o segredo, não saberei responder, mas, se me perguntarem qual foi o caminho que percorri até chegar aqui, eu diria que foi sentindo DOR.
Vocês devem estar dizendo agora mesmo: - Ah, mas dor todos os Codependentes sentem e isso não significa que estão em recuperação!
E eu concordo! Dor todos os Co sentem, mas, a grande maioria sente ao fugir dela e eu me recuperei ao senti-la enfrentando-a de frente, é claro, após fugir dela por um bom tempo...
Com a minha jornada, onde eu camuflava meus sentimentos, medos e dores, eu pude perceber que evitando a dor, que fugindo dela, eu não a estava destruindo-a, ela continuava dentro de mim, como uma pequena ferida latente.
Dizem que o crescimento é doloroso, eu concordo, porque crescer é enfrentar momentos dolorosos, é enfrentar a dor que por tempos reprimimos.
A verdade é que somos condicionados de uma certa forma a reprimirmos tanto a dor quanto o prazer, aprendemos a escondê-los até de nós mesmos. E a lógica de tal condicionamento é simples, o prazer é reprimido por causa da dor, porque estamos condicionados com a ideia de que se estamos felizes demais, algo vai acontecer e levar embora a nossa felicidade, então, evita-se a verdadeira felicidade para evitar-se a dor mais profunda.
São os dois lados de uma mesma moeda, porque evitamos o prazer para evitar a dor e nos privamos de momentos felizes para não corrermos os riscos de encararmos os momentos de tristeza.
O real problema não está em sentir dor e sim em como você olha para ela, afinal, essa polaridade dor/prazer é necessária, se tirarmos um dos pólos, teremos uma vida sem graça, sem aprendizado, sem crescimento.
Mas, quanto mais você se conscientizar daquilo que lhe causa dor e quanto mais você enfrentá-la, mais próximo estará de superá-la.
O nosso sofrimento às vezes é muito maior ao tentar negar a dor do que se decidíssemos encará-la. Para se livrar dela é preciso aceitá-la e foi aceitando-a que comecei a me recuperar.
Aceitar a dor é reconhecer os motivos que causaram ela e nesse pacote todo, vem a culpa, remorso, medo, frustração e eu tive que enfrentar cada um desses sentimentos, tive que me livrar de cada um desses sentimentos em um mergulho profundo dentro de mim mesma, onde encontrei uma mulher de baixa auto-estima, medrosa, com suas emoções em frangalhos e eu tive que encarar essa mulher para aceitá-la e então mudá-la.
Estou, só por hoje em recuperação porque eu enfrentei a mim mesma, eu enfrentei àquilo que me causava dor, eu enfrentei a dor.
Cada um encontra a sua recuperação de uma forma, essa é a minha forma de recuperação.
Aceitando, analisando, enfrentando e mudando.
Aceitando a presença de tudo o que me trouxe dor;
Analisando cada sentimento que com ela veio
Enfrentando ela
E mudando tudo o que percebi estar me afastando de mim mesma.
Espero que seja assim, pelo resto de minha vida.
Boas 24 horas!
O resultado da promoção está na postagem anterior, agora, conto com vocês na ajuda para a escolha do nosso E-book!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Resultado sorteio!
Olá pessoal!!!
Desculpem o atraso, finalmente o sorteio saiu!!!
Aconteceu da seguinte forma:
Listei e numerei os participantes em ordem alfabética e o resultado através de um gerador automático e aleatório de números, onde informei um numero inicial e um final.
E a grande ganhadora foi a Bárbara, nr. 2!!!
Bárbara, me envie por favor os seus dados para que eu possa lhe enviar o livro, fico aguardando!
Obrigada pela participação de todos, recebi alguns textos de pessoas que já leram o livro e pediram para não participar do sorteio, apenas da formação do nosso livro, então, em breve estarei com o livro montado, aceito sugestões de nomes, deixem aqui a suas opiniões!
Boas 24 horas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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22:10
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Foi escolha minha!
É tão engraçado como ainda sinto e percebo que algumas pessoas não entendem e se indagam em relação ao fato de que hoje nada mais tenho de ligação com a dependência química e que mesmo assim, continuo a falar sobre o assunto.
É engraçado perceber que algumas pessoas pensam que faço o que faço porque ainda não me desliguei do Anjo Gabriel.
Não entendo por que é tão difícil as pessoas entenderem que EU ESCOLHI seguir a diante, construir uma família, voltar a viver, ser feliz, mas que eu também ESCOLHI não desistir da causa, eu ESCOLHI escrever sobre tudo o que vivi porque fazer isso me faz bem, porque descobri que isso me ajuda da mesma forma que ajudo outras pessoas.
Eu hoje não convivo mais com a dependência química e seria fácil eu viver como se a história que vivi fosse apenas uma página do meu passado, tantas outras pessoas seguem em frente, reconstroem suas vidas, escrevem suas nova histórias nas páginas do grande livro da vida, eu também conseguiria, se eu quisesse, mas, eu não quero!
Não, eu não quero apagar da minha mente a dor e a aflição que essa doença causa, eu não quero esquecer porque lembrar me faz ter vontade de ajudar, de escrever, de falar.
Lembrar me dá forças.
Lembrar me mantém focada e com fé.
Lembrar me mantém consciente de que tudo há um motivo e uma razão e negar que aconteceu seria negar os motivos e as razões pelo qual aconteceu.
Pois é, eu sei que poderia estar quieta no meu canto, sem cutucar feridas, sem mexer em emoções e sentimentos guardados, mas eu não quero ser essa pessoa, eu quero ser eu mesma e fazer o que estou fazendo agora mesmo, escrever sobre algo que conheço: CODEPENDÊNCIA.
Eu escolhi escrever o livro e foi assim que me libertei, eu escolhi criar o blog e então me curei e escolho escrever aqui porque essa é a minha recuperação.
Simples assim, há quem se recupera se afastando e há quem se recupera vivenciando...
Esta sou eu, vivenciando, mas de uma forma diferente, de outro ângulo.
Hoje, sou grata por cada escolha que fiz, sou grata por ter pessoas como vocês que me acompanham, me entendem e me apoiam.
Bons momentos para nós, boas escolhas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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21:34
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domingo, 2 de setembro de 2012
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Boa tarde pessoal!
Estou em débito com vocês, na sexta era para ter ocorrido o sorteio do blog, valendo um exemplar do Livro Valeu a Pena, porém, infelizmente tive que viajar por motivo de falecimento na família e retornei somente hoje e por isso ainda não tive tempo de fazer o sorteio.
Peço desculpas para vocês e me comprometo a fazê-lo durante essa semana, assim que eu colocar a casa em ordem, dois dias longe de casa deixou um acúmulo de coisas para fazer.
Fiquem com em paz, boa semana para todos.
Boas 24 horas!
Estou em débito com vocês, na sexta era para ter ocorrido o sorteio do blog, valendo um exemplar do Livro Valeu a Pena, porém, infelizmente tive que viajar por motivo de falecimento na família e retornei somente hoje e por isso ainda não tive tempo de fazer o sorteio.
Peço desculpas para vocês e me comprometo a fazê-lo durante essa semana, assim que eu colocar a casa em ordem, dois dias longe de casa deixou um acúmulo de coisas para fazer.
Fiquem com em paz, boa semana para todos.
Boas 24 horas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Entrevista com Luciano - Hoje Conselheiro terapêutico, ontem, um dependente químico.
Hoje trago para vocês uma entrevista super sincera e real com a intenção de mostrar mais uma vez que a recuperação existe sim.
Ele hoje é conselheiro terapêutico, especializado na área e desenvolve trabalhos voltados à recuperação do dependente químico.
NOME: Luciano Brasil Martins Soares
IDADE: 36 anos
TEMPO DE ADICÇÃO: 20 anos
TEMPO EM QUE ESTÁ EM RECUPERAÇÃO: 7 meses
DROGAS EM UMA PALAVRA: Trevas
FAMÍLIA EM UMA PALAVRA: Tudo
ESPIRITUALIDADE EM UMA PALAVRA: Vida
VOCÊ EM UMA PALAVRA: Intenso
Valeu a Pena: Luciano, em minhas leituras ao longo dos anos, pude constatar que em muitas vezes, não sempre, mas em muitas, o Adicto já está adoecido antes mesmo de provar a sua primeira droga, às vezes por falta de estrutura na família, ou problemas de baixa auto-estima e por aí vai. Você atribui o fato de você ter começado a usar drogas a alguns desses fatores? Você acha que teve um motivo que naquele determinado momento parecia ser uma boa justificativa?
Luciano: Bom, primeiramente quero agradecer a Deus e posteriormente a você pela oportunidade que está me concedendo em relatar a minha vida como um adicto pesadíssimo e assim sendo, mostrar para a humanidade que é possível entrar em recuperação e ter uma vida saudável em todos os âmbitos: social, espiritual, mental e físico.
Como devemos saber, existem dois fatores que contribuem para o desenvolvimentos de um adicto antes mesmo que ele use a primeira droga ou que beba o seu primeiro gole. Os fatores são:
FSA= Fator sócio ambiental, caracterizado pelo ambiente em que nasci, que mesmo sendo um ambiente de classe social A, minha família era disfuncional com meu pai alcoólatra e uma mãe extremamente nervosa devido a sua codependência que já se instalava nos idos da década de 70 quando eles vieram a contrai isso o que os homens chamam de matrimônio. Esse ambiente contribuiu muito para que eu me tornasse um adicto pois as brigas eram muitas. O outro fator é o:
FA= Fator genético do qual meu pai como já disse é alcoólatra e creio eu na minha santa ignorância que herdei a predisposição para o uso compulsivo de substâncias que alterem o meu humor.
Valeu a Pena: Quais foram os momentos mais cruciais enquanto a sua adicção estava ativa?
Luciano: Digamos que foram vários os momentos mais cruciais, pois, o crack fez parte do meu dia a dia durante exatos 20 anos e nesse interim eu me vi morando nas ruas, esgotos, cadeia, postíbulos, praças, viadutos, roubando, furtando, me prostituindo. Perdi 2 clínicas do qual era dono e tinha médicos profissionais ao meu comando, perdi um emprego na rede VW, parei no quarto ano de direito, 4 casamentos e um filho
Valeu a Pena: Você precisou chegar ao chamado Fundo do poço para perceber que estava doente e precisava de ajuda? Como foi?
Luciano: Precisei morar nas ruas e não poder mais voltar para nenhuma casa de familiares pois, não abriam
as portas, passava na frente da clínica do meu pai e me colocavam para fora, ligava para mana e ela desligava, esse foi um dos pontos finais, outro foi quando cheguei em casa e meu filho estava no carro da mãe dele e eles indo embora com o caminhão de mudança na frente do carro e eu ajoelhado na rua chorando e implorando para eles não irem e eles indo e meu filhinho com a cabecinha olhando pra trás, pelo vidro traseiro acenando e mandando beijinhos.
Isso foi o ponto final, perdi ali o meu filho amado que eu lavava roupa, fazia papinha, trocava fraldas e contava história de ninar.
Valeu a Pena: E quanto às internações, o que você acha? Passou por alguma?
Luciano: Quanto as internações, nenhuma adiantou, só a última pois é a que realmente eu decidi só por hoje parar. Passei por 30 internações no total.
Valeu a Pena: E internações involuntárias, você acha válido?
Luciano: Muito válido foi através desta última que estou só por hoje em recuperação apesar de ter ido por vontade própria no segundo dia queria ir embora e me levaram para uma involuntária a mando da minha mana.
Valeu a Pena: Algo que pouco se fala, mas que é um fato comprovado é que o D.Q. quando está em recuperação, nos primeiros meses, acaba trocando uma compulsão pela outra, ou seja, ele transfere a sua compulsão pela droga por comida, sexo, a até mesmo religião. Você concorda com essa afirmação? Você se viu alguma vez inserido nesse quadro?
Luciano: Sim, concordo. Namorei uma moça e logo terminei pois na noite das 22 até as 10 horas foram 10 relações e isso é algo que pode me derrubar, me centrei novamente e terminei mesmo. Então, com certeza temos que nos vigiar para não trocar uma compulsão por outra e depois voltar para as drogas.
Valeu a Pena: OS doze passos, você os seguiu? Acredita na funcionalidade dele?
Luciano: Sou um seguidor dos 12 passos e defensor, pois, com ele estou em recuperação e acredito só por hoje na funcionalidade dele, pois está salvando milhões de vidas.
Valeu a Pena: É sabido que a família e/ou os mais próximos acabam se tornando codependentes do Dependente Químico, criando um ciclo vicioso onde a própria família cria justificativas para o que ela está passando e com isso, muitas vezes o codependente sem querer acaba prejudicando o D.Q. Em sua opinião, hoje que você está do lado de cá, o que um codependente não deveria fazer? O que ele faz achando que está ajudando e no fim só está piorando a situação?
Luciano: O que não deve fazer? Ajudar o adicto a usar droga, dar dinheiro, pagar traficante, abrir a porta da casa a noite, emprestar o carro, ir na boca, deixar usar em casa, tirá-lo da cadeia, dar comida, deixá-lo morar em casa sem ajudar em nada.
Valeu a Pena: Para você, qual é a importância dos grupos de auto-ajuda na recuperação do Adicto e na permanência dele nessa nova condição: A de um dependente em recuperação?
Luciano: É essencial para o adicto frequentar um NA ou AA, escolher uma espiritualidade, ter um padrinho ou uma madrinha.
Valeu a Pena: Qual é o papel da sua família na sua recuperação diária?
Luciano: O papel da minha família é fundamental hoje, pois eles me dão amor, estrutura e seu que posso contar com eles a hora que precisar, pois, sozinho eu não consigo.
Valeu a Pena: Qual é o papel da Espiritualidade na sua recuperação?
Luciano: É através de um poder superior maior que para mim é Deus que consigo só por hoje ter forças para continuar e que consigo exercer os doze passos corretamente e consigo ver e sentir as bençãos que Deus me dá a cada dia, como por exemplo estar respondendo estas questões, eu seu que é Ele agindo aqui em mim e aí em você.
Valeu a Pena: Luciano, hoje, o que você já conquistou após ter decidido viver sem as drogas? O quanto a sua vida mudou. Exemplifique para nós, para que outras pessoas possam ver que existe vida após as drogas.
Luciano: Hoje sou amado pela minha família, posso entrar e morar em todas as casas, meus familiares me querem por perto, minha ex, meu filho passa finais de semana comigo, dirijo os carros da família, tenho roupas boas, celular, perfumes, encontrei e conheci Jesus Cristo, sou pregador de comunidade, conselheiro terapêutico, registrado em carteira, trabalho na soconsult, vou à congressos como o do dia 31 de Agosto que é o mundial de drogas e psicode, faço cursos como o da Febract, voltou a minha sanidade através de Deus, acordo sem ressaca moral e física, sou bonito por fora e por dentro, enfim, se eu for enumerar fico até amanhã (rs).
Valeu a Pena: Em algumas palavras, defina a Oração da Serenidade, o que ela significa para você?
Luciano: Significa simplesmente que tenho que aceitar as pessoas como são, pois não as posso modificar e devo ter coragem suficiente para me modificar, pois, é o que preciso.
Valeu a Pena: Eu sei que quando entramos em recuperação, tanto ao dependente químico quanto o Codependente, aprendemos a viver o Só por hoje, mas, acredito que isso não significa que não podemos ter sonhos com amanhã, então, qual o seu sonho em termos de futuro? Vivendo um dia de cada vez, aonde pretende chegar?
Luciano: Querer ser um grande homem no sentido de ajudar o máximo de pessoas com meu testemunho e me aprimorar em cursos, faculdade de psicologia e sendo assim, a princípio trabalhar em clínicas de recuperação e quero escrever um livro um dia, com a ajuda de alguém, pois sozinho eu não consigo, quero casar com uma mulher boa, quero ser o herói para o meu filho depois de Deus, quero nunca mais só por hoje ser chamado de monstro, lixo, louco, doido e etc e ser amado pela minha família.
Valeu a Pena: Fique à vontade para fazer as suas considerações gerais e comentar o que acha ser importante na recuperação de um dependente.
Luciano: Quero agradecer a você por estar nessa luta para ajudar os codependentes e dependentes. O mais importante na recuperação é o AMOR. Doses de amor, assim como alguns precisam de remédios, nós precisamos de amor, pois sem o amor não iremos conseguir nada, então, amem seus filhos, esposos, mas é um amor exigente, amem quando merecerem e amem mais ainda quando não merecerem mas amem exigindo que correspondam esse amor.
Então, o amor é o principal instrumento para um adicto permanecer em recuperação.
Valeu a Pena: Se quiser deixar seus contatos, e-mail, Facebook e por aí vai, fique à vontade!
Luciano: Deixo os meus contatos para palestras, clínicas e ou novas propostas de trabalho:
MSN/e-mail matinluciano14@hotmail.com
Facebook: pequenogafanhoto07@hotmail.com
Fone (19) 9288-0221
Ele hoje é conselheiro terapêutico, especializado na área e desenvolve trabalhos voltados à recuperação do dependente químico.
NOME: Luciano Brasil Martins Soares
IDADE: 36 anos
TEMPO DE ADICÇÃO: 20 anos
TEMPO EM QUE ESTÁ EM RECUPERAÇÃO: 7 meses
DROGAS EM UMA PALAVRA: Trevas
FAMÍLIA EM UMA PALAVRA: Tudo
ESPIRITUALIDADE EM UMA PALAVRA: Vida
VOCÊ EM UMA PALAVRA: Intenso
Valeu a Pena: Luciano, em minhas leituras ao longo dos anos, pude constatar que em muitas vezes, não sempre, mas em muitas, o Adicto já está adoecido antes mesmo de provar a sua primeira droga, às vezes por falta de estrutura na família, ou problemas de baixa auto-estima e por aí vai. Você atribui o fato de você ter começado a usar drogas a alguns desses fatores? Você acha que teve um motivo que naquele determinado momento parecia ser uma boa justificativa?
Luciano: Bom, primeiramente quero agradecer a Deus e posteriormente a você pela oportunidade que está me concedendo em relatar a minha vida como um adicto pesadíssimo e assim sendo, mostrar para a humanidade que é possível entrar em recuperação e ter uma vida saudável em todos os âmbitos: social, espiritual, mental e físico.
Como devemos saber, existem dois fatores que contribuem para o desenvolvimentos de um adicto antes mesmo que ele use a primeira droga ou que beba o seu primeiro gole. Os fatores são:
FSA= Fator sócio ambiental, caracterizado pelo ambiente em que nasci, que mesmo sendo um ambiente de classe social A, minha família era disfuncional com meu pai alcoólatra e uma mãe extremamente nervosa devido a sua codependência que já se instalava nos idos da década de 70 quando eles vieram a contrai isso o que os homens chamam de matrimônio. Esse ambiente contribuiu muito para que eu me tornasse um adicto pois as brigas eram muitas. O outro fator é o:
FA= Fator genético do qual meu pai como já disse é alcoólatra e creio eu na minha santa ignorância que herdei a predisposição para o uso compulsivo de substâncias que alterem o meu humor.
Valeu a Pena: Quais foram os momentos mais cruciais enquanto a sua adicção estava ativa?
Luciano: Digamos que foram vários os momentos mais cruciais, pois, o crack fez parte do meu dia a dia durante exatos 20 anos e nesse interim eu me vi morando nas ruas, esgotos, cadeia, postíbulos, praças, viadutos, roubando, furtando, me prostituindo. Perdi 2 clínicas do qual era dono e tinha médicos profissionais ao meu comando, perdi um emprego na rede VW, parei no quarto ano de direito, 4 casamentos e um filho
Valeu a Pena: Você precisou chegar ao chamado Fundo do poço para perceber que estava doente e precisava de ajuda? Como foi?
Luciano: Precisei morar nas ruas e não poder mais voltar para nenhuma casa de familiares pois, não abriam
as portas, passava na frente da clínica do meu pai e me colocavam para fora, ligava para mana e ela desligava, esse foi um dos pontos finais, outro foi quando cheguei em casa e meu filho estava no carro da mãe dele e eles indo embora com o caminhão de mudança na frente do carro e eu ajoelhado na rua chorando e implorando para eles não irem e eles indo e meu filhinho com a cabecinha olhando pra trás, pelo vidro traseiro acenando e mandando beijinhos.
Isso foi o ponto final, perdi ali o meu filho amado que eu lavava roupa, fazia papinha, trocava fraldas e contava história de ninar.
Valeu a Pena: E quanto às internações, o que você acha? Passou por alguma?
Luciano: Quanto as internações, nenhuma adiantou, só a última pois é a que realmente eu decidi só por hoje parar. Passei por 30 internações no total.
Valeu a Pena: E internações involuntárias, você acha válido?
Luciano: Muito válido foi através desta última que estou só por hoje em recuperação apesar de ter ido por vontade própria no segundo dia queria ir embora e me levaram para uma involuntária a mando da minha mana.
Valeu a Pena: Algo que pouco se fala, mas que é um fato comprovado é que o D.Q. quando está em recuperação, nos primeiros meses, acaba trocando uma compulsão pela outra, ou seja, ele transfere a sua compulsão pela droga por comida, sexo, a até mesmo religião. Você concorda com essa afirmação? Você se viu alguma vez inserido nesse quadro?
Luciano: Sim, concordo. Namorei uma moça e logo terminei pois na noite das 22 até as 10 horas foram 10 relações e isso é algo que pode me derrubar, me centrei novamente e terminei mesmo. Então, com certeza temos que nos vigiar para não trocar uma compulsão por outra e depois voltar para as drogas.
Valeu a Pena: OS doze passos, você os seguiu? Acredita na funcionalidade dele?
Luciano: Sou um seguidor dos 12 passos e defensor, pois, com ele estou em recuperação e acredito só por hoje na funcionalidade dele, pois está salvando milhões de vidas.
Valeu a Pena: É sabido que a família e/ou os mais próximos acabam se tornando codependentes do Dependente Químico, criando um ciclo vicioso onde a própria família cria justificativas para o que ela está passando e com isso, muitas vezes o codependente sem querer acaba prejudicando o D.Q. Em sua opinião, hoje que você está do lado de cá, o que um codependente não deveria fazer? O que ele faz achando que está ajudando e no fim só está piorando a situação?
Luciano: O que não deve fazer? Ajudar o adicto a usar droga, dar dinheiro, pagar traficante, abrir a porta da casa a noite, emprestar o carro, ir na boca, deixar usar em casa, tirá-lo da cadeia, dar comida, deixá-lo morar em casa sem ajudar em nada.
Valeu a Pena: Para você, qual é a importância dos grupos de auto-ajuda na recuperação do Adicto e na permanência dele nessa nova condição: A de um dependente em recuperação?
Luciano: É essencial para o adicto frequentar um NA ou AA, escolher uma espiritualidade, ter um padrinho ou uma madrinha.
Valeu a Pena: Qual é o papel da sua família na sua recuperação diária?
Luciano: O papel da minha família é fundamental hoje, pois eles me dão amor, estrutura e seu que posso contar com eles a hora que precisar, pois, sozinho eu não consigo.
Valeu a Pena: Qual é o papel da Espiritualidade na sua recuperação?
Luciano: É através de um poder superior maior que para mim é Deus que consigo só por hoje ter forças para continuar e que consigo exercer os doze passos corretamente e consigo ver e sentir as bençãos que Deus me dá a cada dia, como por exemplo estar respondendo estas questões, eu seu que é Ele agindo aqui em mim e aí em você.
Valeu a Pena: Luciano, hoje, o que você já conquistou após ter decidido viver sem as drogas? O quanto a sua vida mudou. Exemplifique para nós, para que outras pessoas possam ver que existe vida após as drogas.
Luciano: Hoje sou amado pela minha família, posso entrar e morar em todas as casas, meus familiares me querem por perto, minha ex, meu filho passa finais de semana comigo, dirijo os carros da família, tenho roupas boas, celular, perfumes, encontrei e conheci Jesus Cristo, sou pregador de comunidade, conselheiro terapêutico, registrado em carteira, trabalho na soconsult, vou à congressos como o do dia 31 de Agosto que é o mundial de drogas e psicode, faço cursos como o da Febract, voltou a minha sanidade através de Deus, acordo sem ressaca moral e física, sou bonito por fora e por dentro, enfim, se eu for enumerar fico até amanhã (rs).
Valeu a Pena: Em algumas palavras, defina a Oração da Serenidade, o que ela significa para você?
Luciano: Significa simplesmente que tenho que aceitar as pessoas como são, pois não as posso modificar e devo ter coragem suficiente para me modificar, pois, é o que preciso.
Valeu a Pena: Eu sei que quando entramos em recuperação, tanto ao dependente químico quanto o Codependente, aprendemos a viver o Só por hoje, mas, acredito que isso não significa que não podemos ter sonhos com amanhã, então, qual o seu sonho em termos de futuro? Vivendo um dia de cada vez, aonde pretende chegar?
Luciano: Querer ser um grande homem no sentido de ajudar o máximo de pessoas com meu testemunho e me aprimorar em cursos, faculdade de psicologia e sendo assim, a princípio trabalhar em clínicas de recuperação e quero escrever um livro um dia, com a ajuda de alguém, pois sozinho eu não consigo, quero casar com uma mulher boa, quero ser o herói para o meu filho depois de Deus, quero nunca mais só por hoje ser chamado de monstro, lixo, louco, doido e etc e ser amado pela minha família.
Valeu a Pena: Fique à vontade para fazer as suas considerações gerais e comentar o que acha ser importante na recuperação de um dependente.
Luciano: Quero agradecer a você por estar nessa luta para ajudar os codependentes e dependentes. O mais importante na recuperação é o AMOR. Doses de amor, assim como alguns precisam de remédios, nós precisamos de amor, pois sem o amor não iremos conseguir nada, então, amem seus filhos, esposos, mas é um amor exigente, amem quando merecerem e amem mais ainda quando não merecerem mas amem exigindo que correspondam esse amor.
Então, o amor é o principal instrumento para um adicto permanecer em recuperação.
Valeu a Pena: Se quiser deixar seus contatos, e-mail, Facebook e por aí vai, fique à vontade!
Luciano: Deixo os meus contatos para palestras, clínicas e ou novas propostas de trabalho:
MSN/e-mail matinluciano14@hotmail.com
Facebook: pequenogafanhoto07@hotmail.com
Fone (19) 9288-0221
Valeu a Pena: Obrigada Luciano, pelo seu tempo e sinceridade ao responder as perguntas para o blog, sei que estamos (eu e todas as companheiras e companheiros de blogs) mais um aliado na luta contra esse mal.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Reportagem sobre o livro Jornal Mais Expressão
Olá pessoas!!! Espero que estejam bem, em paz, desfrutando de bons momentos, só por hoje!
E por falar em hoje... Saiu uma matéria no jornal daqui da minha região sobre o livro, adorei o resultado e a repercussão que a matéria está tendo.
A versão impressa do jornal é distribuída gratuitamente aqui na região e o alcance do jornal é grande e positivo.
Para quem quiser ler, é só clicar na imagem abaixo, que vai abrir o site do jornal com a matéria.
Aproveito também para divulgar o FACEBOOK do livro, quem quiser curtir, é só clicar na imagem abaixo:
E por fim, o link para as regras da promoção valendo um exemplar do livro:
http://www.livrovaleuapena.blogspot.com.br/2012/07/mais-um-ano-de-vida-mais-uma-promocao.html
E por falar em hoje... Saiu uma matéria no jornal daqui da minha região sobre o livro, adorei o resultado e a repercussão que a matéria está tendo.
A versão impressa do jornal é distribuída gratuitamente aqui na região e o alcance do jornal é grande e positivo.
Para quem quiser ler, é só clicar na imagem abaixo, que vai abrir o site do jornal com a matéria.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Eu Espero!
Eu espero que seus dias sejam iluminados e suas noites sejam protegidas pelo Universo.
E que seus pés os leve para cada estrada que você queira ir
E se você se deparar com uma escolha a fazer
Eu espero que você escolha aquilo o que mais tem importância para você
E se as dificuldades aparecerem
Espero que você persista
E se uma porta se fechar
Espero que você continue buscando uma janela.
Espero que você tenha sonhos e que eles sejam grandes
E que não desista deles,
E se você tiver preocupações, que elas sejam pequenas
Espero que você encontre o seu caminho
E que não demore para isso acontecer
Espero que o peso que você tenha que carregar não seja maior do que o peso que você possa suportar
E quando você estiver voltando para o seu caminho
E é só uma questão de tempo, eu sei que isso vai acontecer
Eu espero que você encontre alguém que o ame
E que tenha os mesmos sonhos que você
Eu espero que você nunca olhe para trás se martirizando, mas, que nunca se esqueça das pessoas que amou você
Eu espero que você perdoe, se perdoe e nunca se arrependa, seja bom ou ruim, apenas aprenda
E que você não só seja ajudado, mas que também ajude alguém sempre que puder
E que você agradeça a Deus por cada erro e lição aprendida
E sim, esse é o meu desejo,
Eu espero que você seja feliz, afinal, você veio à esse mundo para ser feliz e não para sofrer!
Eu espero verdadeiramente que nesse momento o Universo esteja operando e conspirando para a sua recuperação e só por hoje, eu espero que o meu desejo de que você seja feliz, se realize.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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domingo, 19 de agosto de 2012
Apenas Surtar!
Olá, são aproximadamente duas da tarde de um lindo domingo ensolarado aqui na minha cidade e eu me dei o direito de reservar algum tempo para vir escrever aqui no blog.
Eu estava a poucos minutos atrás lavando a garagem da minha casa quando ouvi um grito estridente de uma mulher, seguido de um barulho de porta batendo e depois mais um grito, eu olhei pelo meu portão e vi uma vizinha, uma moça de seus 28 anos eu acho, que mora poucas casas a baixo da minha, ela parecia estar descontrolada, entrou em seu carro e pude ouvir mais um grito e uma batida na buzina. Pensei que ela ia sair com o carro naquele estado, mas ela apenas permaneceu ali, dentro do carro e mais nada.
Eu voltei a lavar a garagem e pensei comigo: - É apenas um momento de surto, as pessoas surtam às vezes...
Logo após esse pensamento, me veio a mente a época em que eu estava com o Anjo Gabriel e de imediato pensei: - As pessoas surtam às vezes, menos eu...
Pois é, durante um ano da minha vida, quando estava deixando de ser adolescente e passando a ser mulher, com meus 18 anos, eu convivi diariamente com a situação limite me testando, eu tive vários motivos para SURTAR, para gritar, para me descabelar, para me atirar no chão e de lá não sair mais, mas, eu não fiz nada disso, tirando as lágrimas que escorriam pelos meus olhos no silêncio da minha cama, no escuro do meu quarto, eu nada mais fazia, nenhuma reclamação para ninguém, nenhuma lamentação, eu havia escolhido passar por aquilo e ninguém era obrigado a ouvir minhas frustrações.
Mas, por que achamos que ninguém pode nos ver surtando, por que temos que ser sempre tão fortes quando a situação nos permite e às vezes até exige que sejamos fracas?
Essa é uma características da Codependente, nós não nos damos o direito de sermos fracas porque sabemos que tem alguém que precisa que sejamos fortes.
Pessoas normais podem ter pequenos surtos, mas, nós, nós não, afinal, não somos apenas pessoas normais, vamos além da normalidade quando nossa fé e nossa força é testada e medida, sentimos a obrigação de amar e proteger e até mesmo de passar por cima de nossos sentimentos e nossa emoções para que possamos cumprir com o nosso papel de esposa, namorada, mãe ou amiga.
Vejo nos blogues de amigas que sigo, situações descrita por elas, que com certeza pessoas "normais" já teriam surtado, gritado, esperneado, sem medir sequer as consequências do seu surto momentâneo, mas, essas mulheres não fazem isso porque sentem a necessidade de se manterem firme, porque seu dependente químico é que está surtando naquele momento.
Pois é, vai aqui o conselho de quem também já sofreu muito por achar que não merecia o seu próprio momento de surto:
- Se for necessário, surte, grite, coloque para fora, extravase!
Por um bom tempo eu achei que encontrar a serenidade era me manter firme em todas as situações, me manter quase que apática às situações limites, hoje, eu entendo que encontrar a serenidade é me dar o direito de sentir quando isso for para me ajudar a me curar dela, é me permitir chorar quando tudo o que me resta no momento são as lágrimas, é colocar para fora aquilo que sei que dentro de mim não pode ficar.
Encontrar a serenidade é ter a sabedoria para distinguir quando é o momento certo de surtar, é saber que se aquele é o momento certo, algo de bom vai acontecer como consequência da minha explosão de sentimentos.
Só por hoje eu vivo a serenidade na minha vida e só por hoje, eu me dou o direito de SURTAR se isso significar encontrar a serenidade em seguida.
Bons momentos amigas guerreiras e lembrem-se, não precisamos sermos fortes 24 horas por dia, não temos que ser.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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14:35
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Vagando no deserto!
E foi em um momento de distração minha que ele desapareceu, como uma brisa que passa por nós silenciosamente, ele seguiu rumo ao seu pote de ouro atrás do arco-íris.
As estrelas já haviam alcançado o céu no momento da sua fuga, a lua de prata brilhava em sua majestosa aparição, pendurada entre as estrelas. O ar era quente, a rua estava silenciosa, as luzes das casas ao redor já haviam se apagado, provavelmente todos já tinham ido dormir, era tarde, tarde o suficiente para sentir minha espinha se contorcer quando dei falta dele dentro de casa, tarde o suficiente para sentir o meu estômago congelar com medo de que algo pudesse acontecer com ele durante a sua jornada pelas ruas escuras da cidade em busca daquilo que iria lhe trazer alívio e lhe satisfazer. Era tarde o suficiente para eu saber que nada poderia ser feito a não ser esperar.
E a espera foi longa, cruel, esmagadora. A dúvida, o medo, o desespero me consumiam a cada segundo, a cada volta do ponteiro em meu relógio. A agonia foi a minha companhia durante aquela noite em que meu sono, minha paz, minha tranquilidade haviam me abandonado e eu fiquei a espera de uma notícia dele noite adentro, a espera de um telefone, desejando ouvir mais uma vez o toque horripilante do meu telefone, que me fazia paralisar e estremecer toda vez que soava e que ele não estivesse em casa. A dúvida em relação ao que eu poderia ouvir ao atender o telefone me entorpecia, o medo da notícia ruim, a esperança da notícia boa.
E não precisou mais que dois assombrosos toques para que eu disparasse em direção àquele fazedor de barulhos fantamasgórico e me atirasse para pegá-lo como uma águia em busca de sua comida.
Sua voz tremula, baixa, era quase que inauditível, era como um sopro em uma montanha.
Eu fui para o portão. A lua ainda brilhava no céu, mas, já dava indícios de que logo iria passar o seu posto para o astro-rei Sol, estava amanhecendo. Eu havia passado a noite em claro. Mais uma noite em claro.
Mas, aquilo já não era mais importante, porque do momento em que eu ouvi a sua voz até o momento em que eu o vi chegar, a única coisa que pareceu fazer sentido era que havíamos sobrevivido eu e ele a mais um dia. Ele havia sobrevivido após ter se auto-flagelado com as drogas e eu havia sobrevivido após ter passado por mais uma noite mergulhada em desespero.
A única coisa que importou, foi vê-lo parado no portão, com olhos perdidos, como se estivesse vagado a noite toda pelo deserto.
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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20:50
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Prorrogação do sorteio!
Olá pessoal, hoje era para ser o dia do nosso sorteio, porém, nessa última semana recebi alguns e-mails de algumas leitoras pedindo mais um tempo para escreverem, a princípio, eu ia fazer o sorteio hoje e quem escrevesse depois dessa data, iria ter o texto no E-Book somente, mas, acho que não custa esperarmos mais alguns dias, então, se me permitem, estou prorrogando para até o final do mês, dia 30.
Aproveitem esse tempo extra e contribua com o nosso livro!
Clique aqui para conhecer as regras: Regras
Boas 24 horas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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20:46
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quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Inimigos de nós mesmos!
Nesse post vamos falar sobre o nosso maior inimigo - Nós mesmos!
Nós temos a capacidade de jogar para o ar tudo aquilo que sempre almejamos justamente quando estamos bem próximo de alcançar.
Fazemos isso com nós mesmos constantemente, sempre em que estamos felizes, realizados, seguindo um caminho onde colheremos ótimos frutos, pimba, algo acontece e voltamos para a estaca zero. E o pior, não é algo que vem, desfaz tudo o que você construiu mentalmente, fisicamente e vai embora, ela é cíclica, vai e volta, é um COMPORTAMENTO REPETITIVO.
Infelizmente, só aprendemos a lidar com ela, passando por ela, há momentos em nossas vidas em que percebemos que chegou a hora de mudar, seja de estilo de vida, de cidade, de namorado ou marido, de profissão eu até mesmo de nome e aí, pouco tempo após essas mudanças, nos pegamos cometendo os mesmo erros do passado, repetindo os mesmos padrões, tendo os mesmos pensamentos e mesmos sentimentos. Isso acontece porque embora nos sentimos prontos para as mudanças e queremos de fato mudar, o nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar!
Somos constantemente bombardeados com frases "negativas", "destruidoras" e nem nos damos conta disso, um exemplo disso é a frase clássica que ouvimos desde pequenos - Não fale com estranhos! Crescemos ouvindo essa frase, e quando estamos entrando na fase adulta sentimos o peso da mesma em nossas vidas, pois, a cada vez que conhecemos uma pessoa nova, o nosso cérebro nos manda uma mensagem de alerta vermelho e nos faz nos sentir ameaçados.
A princípio, levamos isso como um desafio e tentamos seguir adiante, começamos um novo relacionamento por exemplo, nos sentimos preparados para as novas experiências, mas, quando surgem as primeiras dificuldades, o nosso cérebro se encarrega loga de nos mandar as velhas mensagens destruidoras, do tipo " Eu sabia que isso ia acontecer", " Eu te avisei" " Eu disse que falar com estranhos é perigoso"...
Quando situações como essa acontecem, sem percebemos, estamos criando armadilhas para nós mesmos, cada vez que desconfiamos da nossa capacidade de seguir em frente, de superar obstáculos, alimentamos dentro de nós um sentimento de fragilidade, de covardia, que bloqueia nossas emoções e atitudes.
Ficamos engessados em nosso próprio corpo e mente.
Esse quadro só pode ser revertido, quando paramos de nos iludir com soluções irreais e passamos a encarar os fatos de frente, tal como são, assim, libertamos nossa mente dos conceitos que foram embutidos com o passar dos anos.
Somos de fato, o nosso maior inimigo, temos uma grande capacidade em nos autosabotar, e esse comportamento repetitivo só vai mudar, quando enfrentarmos de frente os nossos medos e buscarmos entender os motivos que nos levam a desistir de algo justamente quando estamos próximos a conquistá-los.
Não tenha medo de você, não tema se conhecer a fundo, as respostas para as perguntas que mais lhe indagam não estão em outro lugar se não dentro de você.
Temos dentro de nós a sabedoria e a coragem para escolhermos sermos donos de nós mesmos, responsáveis pelos nossos atos, basta que busquemos essa versão de nós mesmos e façamos ela aflorar em nossas vidas.
Seja o escritor da sua história, seja o pintor da sua tela, seja o compositor da sua música, seja dono de seus atos e não deixe que eles o dominem!
Boas 24 horas!
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GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
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12:30
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