quinta-feira, 31 de março de 2011

Internação à Força - A minha opinião

No meu livro, eu falo detalhadamente como foram as minhas experiências em relação às internações do meu então namorado. Eu, particularmente, não cheguei a interná-lo à força, por todas as clínicas que ele passou, coube a ele o fardo de pedir para que fosse internado, foi quando ele se viu no fundo realmente e decidiu pedir ajuda. Mas, se me perguntarem se concordo com esse tipo de internação, não pensarei duas vezes para responder que SIM! Eu concordo, porque eu sei como é agoniante, como é assustador, você saber que aquela pessoa está se destruindo e que ela não está em condições de fazer algo de bom para si próprio. Assim como essas mães, também convivi com o sentimento de culpa, também carreguei comigo, durante um bom tempo, os fantasmas das minhas decisões em relação às internações dele. Embora, todas foram por vontade própria, por vários momentos ele pensou em fugir e algumas vezes até mesmo fez, e eu tive que ser a "dura", a "cruel" a "sem coração" para convencê-lo a voltar.
Se funciona? Não posso afirmar, porque realmente acredito que o adicto só se recupera se ele realmente quiser e estiver pronto, mas, muitas vezes, a internação involuntária é um ato de desespero, para preservar a vida do dependente químico, muitas vezes, essas internações ocorrem como uma opção de mantê-los a salvo, por isso, não julgarei jamais, alguém que concorde com esse tipo de internação.

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