quarta-feira, 4 de abril de 2012

A dor que nos move!



Quando a Dor de não estar vivendo for maior do que o medo da mudança, a pessoa muda.
Sigmund Freud

Essa frase é perfeita para a postagem de hoje, simplesmente perfeita!!!

Primeiramente vou falar da dor, do momento da dor, da vivência da dor, essa dor que Freud fala, a dor que nos para, que nos bloqueia, que nos trava e nos leva à estagnação.

Eu podia fechar e abrir meus olhos quantas vezes fosse e nada mudaria, eu podia chorar e lágrima nenhuma era capaz de fazer mudar, eu podia vestir a armadura mais forte e nem assim, a dor podia ser evitada. A dor estava em todo lugar, estava ao meu redor e me acompanhava para onde quer que eu fosse, na verdade, a dor estava dentro de mim, eu estava vivendo-a intensamente, cultivando-a a cada momento, a cada situação frustrante vivida, a cada decepção, a cada nova tentativa de ser feliz, era sempre ela, ali, se fazendo presente onde todo o resto estava ausente.

E então, eu parei de viver.

Eu morri, morri em vida, eu parei de viver e passei a sobreviver somente.

E então a dor aumentou, mas, eu ainda estava anestesiada demais com a experiência da morte para perceber que a dor estava aumentando freneticamente e desenfreadamente e ela chegou em seu ápice. Fui consumida por ela durante muito tempo, como a madeira em uma lareira, queimando até virar brasa, assim foi a minha dor.

A dor da descoberta, a dor da impotência, a dor da decepção, a dor do cansaço, a dor do amor, a dor da compaixão, a dor da decisão. Eu vivi intensamente cada uma delas até que essa mesmo dor que me levou à morte em vida, me trouxe de volta à vida.

E veio a mudança, a dor de não estar mais vivendo, a dor que me bloqueava, me segurava e me paralisava me fez dar o próximo passo, me fez buscar a mudança, porque mesmo sabendo que não há mudança sem dor e que é preciso ter paciência para que ela ocorra, ainda sim, era melhor sentir a dor da mudança do que a dor de parar de viver, a dor da inércia profunda em que eu estava vivendo.

Eu renasci, tão forte e tão decidia a ser feliz quanto uma criança querendo sair do ventre de sua mãe.

Eu voltei a viver e isso não significa que a dor não venha me visitar às vezes, não, não mesmo, ela vem me visitar às vezes, ele se faz presente na minha vida, aliás, ela faz parte da minha vida, ainda não criei resistência à ela, mas, hoje, não a temo mais, ela não me paralisa mais e não temo mais as mudanças.

Hoje, faço as minhas escolhas com coragem, porque a dor me ensinou a não temer as mudanças que as minhas escolhas possam trazer.

É, meu mestre Sigmund Freud tinha razão: Quando a dor de não estar vivendo for maior do que o medo da mudança, a pessoa muda!

Boas 24 horas!!!




7 comentários:

  1. Giu, Adoro o jeito como você escreve.
    Essa dor que nos consome,dilacera, maltrata é mesma que nos ergue.
    Obrigada, você tem me ajudado muito.
    Naara

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    Respostas
    1. Naara, você tem razão, esse mesma dor que nos derruba, é a que nos faz querer nos levantar, isso é fato!!!
      Obrigada por você estar presente aqui no meu cantinho, sinta-se a vontade para comentar e escrever sempre que quiser.
      Muita luz em seu caminho, estamos juntas.
      Beijos

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  2. Nossa!
    Esse post veio exatamente no meu momento de maior dor que já conheci no mundo!
    Obrigada pela escolha desse tema, Giulliana!
    Enquanto eu lia, fui tendo "insights" dentro de mim que me fez saber que essa dor, neste momento, é inevitável pra mim e a única maneira de deixar de ser paralisada pela dor, é deixar que ela me consuma, sem lutar contra ela. Que bebamos até a última gota desse cálice até que ela se esgote e se vá...
    A gente, depois de vivenciar toda dor do mundo, aprendemos a conviver com ela, a lidar com ela, sem que ela nos domine, não é?
    Hoje se me perguntarem, responderei que não vejo fim pra minha dor, mas sei que um dia, uma hora qualquer me darei conta dela ter ido embora... e me visitará apenas de vez em quando.
    Como disse o sábio Chico Xavier: "Isso também passa!"
    Hoje acordei mais serena que ontem, graças ao Divino Poder Superior e a ajuda de meus amigos amados! Sei que amanhã posso estar no fundo do poço de novo, mas quero aprender a viver um dia de cada vez... quero me recuperar, pois do jeito que estou, não passo de uma erva seca, sem nada a oferecer ao mundo!
    Obrigada!
    Só Por Hoje que todos nós estejamos bem!
    Abraços,
    Renati.

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  3. Nossa!
    Esse post veio exatamente no meu momento de maior dor que já conheci no mundo!
    Obrigada pela escolha desse tema, Giulliana!
    Enquanto eu lia, fui tendo "insights" dentro de mim que me fez saber que essa dor, neste momento, é inevitável pra mim e a única maneira de deixar de ser paralisada pela dor, é deixar que ela me consuma, sem lutar contra ela. Que bebamos até a última gota desse cálice até que ela se esgote e se vá...
    A gente, depois de vivenciar toda dor do mundo, aprendemos a conviver com ela, a lidar com ela, sem que ela nos domine, não é?
    Hoje se me perguntarem, responderei que não vejo fim pra minha dor, mas sei que um dia, uma hora qualquer me darei conta dela ter ido embora... e me visitará apenas de vez em quando.
    Como disse o sábio Chico Xavier: "Isso também passa!"
    Hoje acordei mais serena que ontem, graças ao Divino Poder Superior e a ajuda de meus amigos amados! Sei que amanhã posso estar no fundo do poço de novo, mas quero aprender a viver um dia de cada vez... quero me recuperar, pois do jeito que estou, não passo de uma erva seca, sem nada a oferecer ao mundo!
    Obrigada!
    Só Por Hoje que todos nós estejamos bem!
    Abraços,
    Renati.

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    Respostas
    1. Sabe, pode parecer estranho, mas, eu concordo com você, não devemos fugir da dor, essa não é a melhor forma de nos livrarmos dela, faz parte do processo senti-la até o seu fim, para que possamos depois, criar resistência à ela.O que temos que ter em mente é que essa dor vai passar sim, talvez não agora, não hoje, mas vai passar e sua minha amada, também vai. Posso imaginar um pouco o que está sentindo, e já achei que a minha dor nunca fosse ter um fim, mas, como eu disse no post, ela teve, não foi embora mas aprendi a enfrentá-la, isso também vai acontecer com você...
      Muita paz e serenidade para você, estamos juntas e conte sempre comigo, com o blog, estamos aqui para lhe ajudar, mesmo que seja somente com palavras.
      Beijos

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  4. Olá, tenho acompanhado seu blog já faz um tempo, mas hoje decidi comentar.
    Suas palavras confortam meu coração.Estou passando um momento muito difícil, onde as vezes canso de precisar ser tão forte .... mas como já li por aqui: não me resta outra alternativa!!!
    As dúvidas e incertezas por vezes quase me matam, no entanto tenho aprendido com você que quando o momento certo chegar estarei preparada para tomar a decisão correta.
    Obrigada por compartilhar conosco sua história, nos ajudando a perceber que até mesmo as maiores adversidades no fim acabam por nos trazer algum tipo de contribuição... como o amadurecimento!

    Beijão

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  5. Esse post é para mim Giulli! Palavras que expressaram o meu post "Ela apareceu".

    Por isso que eu preciso e estou buscando mudança!
    A dor da mudança tem que ser maior, porque é um comodismo vivermos na dor, às vezes até nos acostumamos viver assim e contraimos a doença da auto-piedade.

    Mudança, ela sempre tem que ser bem-vinda!

    Grande beijooooo, e amo vc! E glória a Deus por vc existir na minha vida e por poder contar c/ vc!

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