terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vamos mudar só por hoje!

Só quem está disposto a perder tem o direito de ganhar. Só o maduro é capaz da renúncia. E só quem renuncia é capaz de provar o gosto da verdade. Seja ela qual for.

O que está sempre por trás dos nossos dramas, desencontros e trambolhões existenciais é a representação simbólica ou alegórica do impulso do ser humano para o amadurecimento. A forma de amadurecer é viver. Viver é seguir impulsos até perceber, sentir, saber ou intuir a tendência de equilíbrio que está na raiz deles (impulsos).

A pessoa é impelida para a aventura ou peripécia, como forma de se machucar para aprender, de cair para saber levantar-se e aprender a andar. É um determinismo biológico: para amadurecer há que viver (sofrer) as machucadelas da aventura e da peripécia existencial.

Nada mais verdadeiro e simples do que isso, sofrer faz parte do aprendizado, só não percebe isso quem após ter passado por uma situação de sofrimento, não foi capaz de olhar para trás e perceber que tinha alguma lição para tirar daquilo.

Nem sempre entendemos os desígnios de Deus, nem sempre entendemos a vontade do nosso Poder Superior, nem sempre compreendemos de imediato que algo melhor está por vir. Uma nuvem de chuva não fica por muito tempo no mesmo lugar, basta acreditar nisso, basta saber que o Sol está lá, atrás dela, esperando ela caminhar para aparecer novamente e inundar nossas vidas com sua luz brilhante e seu calor que acolhe.

Acredite que você sempre terá escolhas a fazer, às vezes só enxergamos somente uma, normalmente aquela que não nos agrada, mas tudo porque estamos tão focados em nossos problemas que não percebemos que há outra opção além daquela que vemos.

Mude de foco,  mude de pensamento... Mude, mude o que for necessário para que você possa perceber as mudanças em sua vida.

Se você continuar fazendo as mesmas coisas, continuará obtendo os mesmos resultados...

Só Por Hoje, vamos mudar algo em nossas vidas!!!






sábado, 26 de novembro de 2011

O Primeiro instante!


E então, a sua única opção é encarar a realidade.

É algo tão surreal e inconcebível, acreditar que a pessoa em que você confia, a pessoa que está ao seu lado, ou a pessoa que saiu do seu ventre, a pessoa que você amamentou, que você jogou bola com ela ou a balançou em um balanço em um domingo ensolarado no parque, hoje está muito distante de ser quem você pensa que é.

É cruel acreditar que a pessoa para quem você disse sim na igreja ou a pessoa para quem você sonhou em um dia dizer sim, se tornou alguém completamente diferente do que você acreditaria que seria.

É sim, é cruel, é surreal, é dolorido e assustador o momento quando descobrimos que Essa pessoa, seja ela quem for, namorado, filho, parente ou amigo, se cala ao ser confrontado de frente, ao ser questionado se está usando drogas. O silêncio já diz tudo, e nesse caso, diz tudo o que não queremos ouvir, nesse caso o silêncio verbaliza a dor em sua forma mais intensa e aguda.

E então, você faz da negação dele, a sua negação, você faz das desculpas dele, a sua desculpa para não acreditar, você faz do silêncio dele o motivo para não tocar mais no assunto, você faz dos motivos dele a sua justificativa para consigo mesma.

E então, o grande momento chega, o momento em que você precisa escolher em qual lado ficar, encarar de frente ou se esconder. Para ambos, requer coragem, porque mesmo quem decide se esconder, precisa sim ser muito corajoso, pois sabe que mesmo se escondendo, o fantasma das drogas ainda continuará lá, mas, se decidir encarar de frente, também sabe que o mesmo fantasma não se intimidará e isso é assustador.

Olhos marejados de lágrimas... Em pucos instantes, um filme é passado em sua mente e pouco tempo depois, você já está procurando culpados para aquela tragédia épica.

E seu eu te disser que não há culpados? Se eu te disser que pouco importa se você descobrir durante a exibição desse filme de quem é a culpa de fato? Porque é verdade, pouco importa, nada vai mudar. O que fazer então? AJUDA, procurar ajuda é o mais prudente a fazer e não ajuda para ele, porque no exato momento quem essa cruel realidade lhe foi apresentada, provavelmente ele (a) ainda não vai estar pronto para ser ajudado. Você precisa procurar ajuda para você, porque quanto antes você se ajudar, quanto antes você buscar entender não o por quê de ter acontecido e sim como agir deste momento em diante, mais chances você terá de quando ele estiver verdadeiramente pronto para ser ajudado, em ajudá-lo.

Apenas, perceba que sem AJUDA, seja ela qual for, de um especialista, de um grupo de apoio, dos familiares... A recuperação não acontecerá, de forma alguma e você Adoecerá se não fizer isso por você também...

domingo, 20 de novembro de 2011

Anjos sem asas

Eu hoje recebi um e-mail de uma leitora do meu livro, ela me contou um pouco sobre a sua história, mãe solteira, dona de ma loja de roupas no interior de São Paulo, vive o drama da dependência química com seu filho de 18 anos, ela o define como uma rapaz bonito, dos olhos azuis, de personalidade forte, quase rebelde, dono de um coração bondoso e viciado em cocaína.

Ela me contou um pouco sobre a trajetória do seu filho, que hoje encontra-se em recuperação há pouco mais que 6 meses, ela me disse que resolveu ler meu livro porque ficou curiosa ao ler em meu blog que eu hoje não tenho mais laço nenhum com o meu ex D.Q. e que mesmo assim eu ainda me "envolvo na causa", que ela baixou o primeiro capítulo e desde então, passou os dias ansiosa até a chegada do livro, eu fiquei muito feliz com a receptividade dela para com meu filhote, meu livro, mas, de tudo o que ela escreveu, o que me motivou a escrever essa postagem foi o comentário que ela fez em relação a eu me referir ao meu ex, em meu livro, logo no início, como se ele fosse um anjo.

Mariana, eu quis desde o começo do livro plantar na cabeça e no coração de quem o lê que eu conheci um anjo por dois motivos, primeiro que para mim, ele foi e sempre será um anjo sim, em sua essência, seu coração e segundo porque quero que pelo menos quem ler o meu livro, o leia com a mente aberta, sem preconceitos ou rótulos de que o dependente químico está relacionado com algo ruim, quero mostrar que antes de se tornar um D.Q, o meu ex e tantos outros adictos eram dignos do título de anjos, pois eram de fato um.

Eu conheci um anjo sim, um anjo belo, com olhos tristes, perdidos, pela pálida, coração generoso e também dependente químico.

Mariana, tem gente que não precisa ter asas para serem Anjos!!!

Eu acredito quando você me diz que seu filho é um anjo, mesmo sendo um D.Q.

Obrigada pelo e-mail lindo, pela confiança em me contar sua história e em meu livro.

Boa noite à todos...


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Você é Viciado em Sofrer?


Olá pessoal,
Recebi essa reportagem por e-mail de uma amiga e mais que depressa vim compartilhar com vocês...

“Psicólogo alerta para a co-dependência, o mal das pessoas que só sabem viver relacionamentos doentios”
Entrevista do psicólogo Vicente Parizi concedida a Paula Mageste, da Revista Época.
“ÉPOCA - O que é um co-dependente?
Vicente Parizi - É a pessoa que desenvolve relações baseadas em problemas. São relações pouco saudáveis, em todas as esferas. O foco está sempre no outro e o vínculo não é o amor ou a amizade, mas a doença, o poder, o controle. No fundo, o co-dependente acredita que pode mudar os outros e seus relacionamentos são criados não com a perspectiva de respeitar as pessoas, mas de ensinar o que acredita ser melhor para elas. O co-dependente é motivado pelo desejo de transformar o outro – e mandar nele.”
“ÉPOCA - Pode dar um exemplo?
Parizi - Um caso clássico é o da mulher que casa com um alcoólatra, segura de que pode ajudá-lo a parar de beber. Só que ele só vai parar se ele próprio quiser. Essa mulher entra nesse casamento porque provavelmente tem um histórico que a torna dependente da ‘adrenalina’ que experimenta na relação. Ela melhora sua auto-estima sentindo-se necessária para o marido. Ele, por sua vez, nunca vai se livrar do vício enquanto se escorar nela. O vínculo desse casal não é o amor, mas a doença que eles têm em comum. Há toda uma dinâmica em torno do vício.”
“ÉPOCA - E como a co-dependência se manifesta quando não está associada ao vício?
Parizi - Em relações neuróticas de qualquer natureza: entre pais e filhos, marido e mulher, namorados, chefe e subalterno, entre amigos, até mesmo entre um terapeuta e seu paciente. Aquele amigo que todo mundo gosta de consultar quando tem um problema pode ser um co-dependente. Ele adora dar conselhos e sempre começa com a clássica frase ‘Se eu fosse você…’. Esse conselho não é bom. Ele não é você e o que é bom para ele provavelmente não será bom para você. Ele não está respeitando a sua personalidade nessa conversa, está tentando fazer você agir como ele, transformá-lo. Enfim, são relações de poder que descambam para o controle. O co-dependente joga o foco na outra pessoa, faz muito por ela e pouco por si. Não porque seja altruísta, mas porque se acha onipotente. Controlando a vida de outra pessoa, ele acredita que a dele estará sob controle também. O codependente tem muito medo de ficar sozinho, por isso faz tudo para garantir afeto e se sentir indispensável – até mesmo alimentar a fraqueza alheia.”
“ÉPOCA - Quem é a vítima nesse tipo de história?
Parizi - Existe uma alternância de papéis, um se alimenta do outro, mas o co-dependente sofre desesperadamente. Ele se mede pelo sentimento do outro em relação a ele, como uma criança faz com seus pais. A pessoa se sente incompleta sem o outro, busca no outro o que lhe falta. Há expressões típicas usadas pelos co-dependentes: ‘Fulano é minha cara-metade’, ‘Fulana é minha alma gêmea’ ou ‘o ar que eu respiro’.
“ÉPOCA - E como essa síndrome se desenvolve?
Parizi - O co-dependente vem de uma família disfuncional e sofreu algum tipo de abuso na infância: mensagens controversas emitidas pelos pais, abuso físico e assim por diante. Essas mensagens controversas são aparentemente inocentes, mas fazem grande estrago. São coisas do tipo ‘estou batendo em você porque o amo’. Dá um nó na cabeça da criança, e ela inconscientemente associa o amor à violência física. A co-dependência também se apresenta em adultos que, quando jovens, presenciaram situações de conflito entre familiares ou eram usados por um dos pais para obter coisas junto ao outro.”
“ÉPOCA - Como identificar um co-dependente?
Parizi - É alguém controlador, exigente consigo mesmo e com os outros, com baixa auto-estima, minucioso, rígido, com dificuldade de perdoar e compreender, muito crítico mas refratário a críticas.”
“ÉPOCA - Como é feito o tratamento?
Parizi - Psicoterapia, em consultório, e também no grupo Co-dependentes Anônimos. No consultório, tenta-se resgatar a criança que foi ferida na família disfuncional. No grupo, lida-se com a culpa e a vergonha. O co-dependente não é criticado. Ao contrário, vê que há várias pessoas como ele. Assim, não se sente isolado e consegue melhorar sua auto-estima.”
“ÉPOCA - Há cura?
Parizi - Sim, porque é uma síndrome emocional, diferente do vício em drogas, em que geralmente há uma dependência física. No entanto, as pessoas só admitem a doença quando a vida fica inadministrável.”
Fonte: Revista Época

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ainda dói!


Boa noite meus amigos e amigas!

Fim de feriado, 4 dias sem trabalhar de vez em quando é bom não é mesmo?

Aproveitei bastante, mas, pouco fiquei na internet, desculpem-me pela ausência, logo voltarei ao normal aqui com o blog, vocês não imaginam quanto isso aqui me faz bem...

Eu não ia escrever hoje, estava passando roupa e bem cansada, mas, entrei um pouco na net e vi um comentário aqui no blog de uma escritora que está lançando um livro e o seu comentário me chamou a atenção pois ela disse que o livro teria muito a ver com o meu. Enfim, entrei no blog dela e comecei a ler o primeiro capítulo, foram lágrimas e mais lágrimas, há algumas semelhanças com o começo da história do livro dela e com o que vivi, a dor que ela representa nas palavras, é tão intensa quanto a dor que senti e isso me fez ter a certeza de que essa dor, ela não passa, ela apenas ameniza...

Mais de oito anos se a passaram e se algo me faz lembrar aquela época, é inevitável não revivê-la. Às vezes, é algo tão forte que o choro me vem à garganta e eu tenho que "engoli-lo", e por mais que todos digam à mim que coisas boas e otimistas a respeito de tudo o que vi e vivi, eu ainda tenho esse certo sentimento dentro de mim.

Dói, dói sim e não é pouco, dói porque me lembro de detalhes, pouco a pouco, dia após dia, minha memória vai trazendo à tona alguns acontecimentos que eu havia feito questão de esquecer e isso dói, aperta, espreme, engasga, tudo porque sou humana, tudo porque eu não sei fingir que não aconteceu. Não é reviver o passado, de forma alguma, é apenas não conseguir esquecer, é não conseguir tirar esse sentimento de frustração e de dor de dentro de mim, afinal, é da vida de um ser humano que estou falando, é da vida de alguém que foi importante para mim, para o que sou hoje.

Acho que isso faz parte da recuperação, da minha constante recuperação. Me dói porque até hoje ele ainda está nesse mundo das drogas e por mais espiritualizada que eu seja, por mais que eu saiba que ninguém pode percorrer por ele o caminho dele, eu ainda sim gostaria de, ou melhor, ainda sim quero vê-lo livre das drogas, mas, quanto mais eu pesquiso, quanto mais eu leio, mais frustrada eu fico, porque tenho que ser realista, as chances são pequenas e isso me consome, me corrói, me destrói. Eu tenho medo de a qualquer momento receber uma notícia desagradável sobre ele. É difícil, é muito difícil tirar essa dor, ela adormece, mas não vai embora e acho que jamais irá, acho que ela que no fim das contas me motiva a escrever...

Às vezes, lendo os outros blogs, como o da Poly, da Cicie, da Gaby, eu choro como uma criança, eu gostaria muito de ter tido a oportunidade de conhecer mais sobre essa doença antes, na época em que eu estava no auge da minha Co.

É, se eu uma ex-namorada de um dependente químico, mais de oito anos depois ainda sofro com as sequelas dessa doença, imagino uma mãe, um pai, uma esposa ou esposo, o quanto não sofrem, mesmo anos e anos depois.

Hoje, acho que estou nostálgica, acho que essa leitura que comecei a fazer me balançou um pouco...

Bom, assim que eu ler o livro, posto aqui para vocês sobre ele e sobre a autora...

Boa semana para todos nós!!!

Só por hoje eu escolho a serenidade em minha vida.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Antes de me julgar...



Em minha jornada, aprendi o significado da palavra dor, além do que já sabemos, consultando o dicionário, agrego à ela também o significado de crescimento. Através dela, eu cresci, me tornei forte, tão forte que se hoje algo ou alguém tenta me derrubar, inevitavelmente cai primeiro, tudo porque foram tantas quedas que aprendi a me firmar sem me abalar e qualquer força que algo ou alguém utilize contra mim, volta, simplesmente porque hoje sou consciente de que se posso aceitar ou recusar um presente eu posso aceitar ou recusar qualquer outra coisa, até mesmo a dor.


"Antes de julgar a minha vido ou o meu caráter, calçe os meus sapatos percorra os caminhos que percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias! Percorra os anos que percorri. Tropece onde eu tropecei, perca as pessoas que perdi, chegue ao fundo do poço e levanta-se de lá assim como eu fiz!
E então, só aí, poderá me julgar"




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Reflexão



Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma.
Você pode voltar e nada ser como antes.
Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso.
Você pode sofrer por perder alguém.
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples:
Da sua mãe te chamando pra acordar,
Do seu pai te levando pela mão,
Dos desenhos animados com seu irmão,
Do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural
Do cheiro que você sentia naquele abraço,
Da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver,
E como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.


Martha Medeiros

domingo, 6 de novembro de 2011

Laços da vida!

Nenhum laço é por acaso!

Essa frase foi deixada como comentário na minha última postagem pela adorada Gaby do blog Serfelizsoporhoje e de tudo o que ela escreveu, o que mais me toucou foi exatamente essa frase, porque é de fato a mais pura verdade não é mesmo?

Olhando sob uma visão otimista da vida, nada é por acaso, nada do que acontece conosco é em vão, talvez, a princípio, não era para acontecer, talvez, nossas decisões é que nos levaram a tal lugar, afinal, temos sim o livre arbítrio e somos responsáveis sim por nossas escolhas, mas, mesmo assim, mesmo que nossas escolhas nos levem para algum lugar diferente do que esperávamos ir, ainda sim podemos dizer que não é em vão, alguma coisa podemos aprender com aquele caminho percorrido, podemos conhecer pessoas que significarão muito para nós, ou não, simplesmente podemos chegar em um lugar e ver que aquele de fato não era o lugar e que é hora de voltar e só esse caminho de volta já me faz crer que a ida não foi em vão, que esse tempo entre a ida e a volta era necessário, por algum motivo, era necessário.

Às vezes não entendemos muitas das coisas que nos acontecem, é comum reclamarmos de algo, de alguém, de uma situação, do nosso corpo, da nossa aparência, mas, mesmo assim, acredito que a grande maioria, com sua faculdade mental plena, não se candidataria a deixar essa vida hoje, agora, nesse momento. Não, mesmo a vida não sendo como imaginamos que seria quando éramos crianças, ainda sim, vale a pena estar nela, apesar das dores, das lágrimas, das frustrações, a vida pode ser interessante e maravilhosa, é apenas uma questão de ponto de vista, eu acho.

O que não podemos deixar que aconteça é nos perdemos em nossos propósitos, é nos afastar de nós mesmos e do nosso Poder Superior, essa é a nossa essência e precisamos estar conectados à nós mesmos e ter fé em "Algo" superior sempre.

A poeta americana Gwendolyn Brooks certa vez escreveu: "Viva intensamente cada instante. Logo ele vai ser. E, seja dor ou riqueza, não voltará outra vez em idêntico disfarce"

Eu tomo essa frase como uma frase mestra para a minha vida, gosto da parte dor ou riqueza, porque me lembra que seja um ou outro, sempre passará, pensando dessa forma, me dá coragem para seguir em frente, porque quando olho para trás, vejo as dores sofridas, mas também vejo as alegrias vividas, vejo o aprendizado que tive, vejo a minha recuperação. E, olhando para o meu hoje, veja a minha libertação que só pôde ser possível devido ao meu passado, devido aos laços feitos no passado, que certamente não foram em vão.

Estar ao lado de um dependente químico, nem sempre é uma escolha, mas, se você puder escolher estar ou não e escolheu estar, então peço que você aprenda o máximo que puder sobre essa experiência que não é feita só de lágrimas, peço que perceba o quão sensível pode ser um dependente químico e quão importante pode ser para ele esse "laço" que você decidiu fazer. Mas, peço também que você saiba diferenciar esse laço, que pode ser facilmente desfeito se ambos quiserem, de uma corrente grossa, que aprisiona e retém.

Estar ao lado de um dependente químico, não é fazer curso para ser codependente, portanto, não faça!

Boa semana para todos nós.

Eu escolho a felicidade em minha vida, Só Por Hoje!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Valeu a pena - A Jornada de uma codependente - O nascimento do livro



Eu pouco sabia de regras ortográficas quando comecei a escrever aos doze anos de idade e uma das minhas primeiras histórias veio a se tornar realidade quando fiz dezoito.

Não sei se foi a chamada lei da atração, onde atraí para a minha vida exatamente aquilo que eu havia escrito anos atrás, uma adolescente se apaixona por um rapaz e passa a enfrentar com ele o problema das drogas, não sei se foi destino ou o que foi.

Com doze anos de idade, eu pouco sabia sobre esse mundo, mas, ainda sim, por um motivo que não sei explicar, resolvi escrever sobre ele e mesmo não sabendo o que era de fato e como era esse mundo, em minha história escrita ainda com uma péssima caligrafia a personagem principal sofre com a dependência química do seu namorado e em minha história real, construída com lágrimas, promessas, vitórias, dor e amor, eu sofri com a dependência do então meu namorado.

Foram dois anos ao lado desse rapaz, após um sofrimento que parecia ser infindável, após ter sentido a dor em sua forma mais cruel, após ter perdido até mesmo a habilidade de chorar, porque as lágrimas já não escorriam mais pela a minha face, após ter tido a minha fé testada e ter sentido o peso do mundo sob as minhas costas, eu percebi que eu estava tão adoecida quanto ele. Ele estava doente porque estava dependente das drogas e eu adoeci por me tornar codependente dele, eu havia assumido para a minha vida a responsabilidade pela a vida dele, onde eu passei a respirar conforme os movimentos dos pulmões dele, passei a comer conforme o apetite dele e a dormir o sono dele.

Eu coloquei em suspenso todos os meus sentimentos, minhas vontades, minhas carências e meus sonhos e passei a viver o sonho e o pesadelo dele. É a chamada ilusória sensação de força que nós codependentes sentimos, eu me coloquei na posição de forte, porque ele precisava de que eu fosse de fato forte, eu não podia chorar, não na frente dele, eu não podia me dar o luxo de desabar porque eu, naquele momento era o chão dele.

A cada racaída dele, uma batalha era travada dentro de mim, onde parte de mim queria desistir de tudo e outra parte me dizia que eu não podia fazer aquilo, dizia que eu precisava permanecer ali, ao lado dele, lutando com ele e muitas vezes até lutando contra ele.

Eu levei sete anos para me perdoar pelos erros que cometi como codependente, para aceitar que eu fiz tudo o que eu podia ter feito e que a recuperação dele não estava nas minhas mãos, que eu também estava adoecida, precisando de ajuda e por esse motivo eu tive que tomar uma decisão, a minha saúde ou a doença dele e eu decidi viver a minha vida sem ele. Eu desejei ter forças para continuar, mas, eu já estava vivendo em um estado de torpor, onde eu não pensava nem em desistir e nem em lutar, eu só estava esperando o fim chegar e ele chegou. Foram longos sete anos, em que muitas vezes fugi do assunto, muitas vezes fingi não ter acontecido, mas, foi o tempo necessário para que eu renascesse das cinzas, assim como a ave Fenix, que renasce após ter tido o seu corpo todo consumido pelo fogo, e tempos depois ressurge tão forte quanto antes, eu renasci e dessa experiência entre vida e morte ainda em vida  me veio a necessidade de voltar a escrever, coisa que eu já não fazia há mais de quinze anos.

E então o meu livro nasceu.

Para escrevê-lo, eu precisei superar meus fantasmas que me assombravam, eu precisei entender que eu desisti não porque eu não tinha mais coragem para lutar, eu desisti porque eu não tinha mais condições de sofrer e perceber isso, levou tempo, exigiu de mim flexibilidade comigo mesma, hoje eu sei que até para desistir é preciso ter coragem. E desistir dele foi o ato mais corajoso que tive nessa jornada, foi o ato mais dolorido e crucial de todos, porém, fiz o que tinha que ser feito.

Escrever o livro, me rendeu lágrimas que estavam presas, eu revivi cenas que meu cérebro havia feito questão de esquecer e pude sentir um pouco daquele sentimento, de anos atrás.

A escolha do nome do livro veio antes mesmo dele estar pronto e representa de fato o meu sentimento em relação a tudo o que passei " VALEU A PENA" SIM, com toda certeza, mesmo com as lágrimas e dor, porque eu não conheci um dependente químico, eu conheci um jovem rapaz de pele pálida e olhos tristes que se tornou um dependente químico e hoje em minha memória, guardo somente o que foi bom e nada mais, do resto, aprendi o que tinha que aprender, mas, ao olhar para trás, eu sorrio pelos bons momentos que tive, é isso o que importa.




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

EU CONHECI UM ANJO!


Eu conheci um ANJO.

Um anjo vindo do céu com alguma missão ainda desconhecida.

Durante o seu percurso de descida do Céu à Terra, esse anjo passou a ficar cada vez mais próximo e ter conhecimento acerca das experiências humanas, a cada nível em que ele descia, algo novo era descoberto e lhe era mostrado, paulatinamente ele descobriu o amor, a bondade, a generosidade, descobriu a beleza, aprendeu a sorrir e a fazer os outros sorrirem, descobriu a alegria na forma mais pura que há e quanto mais ele se aproximava da Terra, mais intensas eram suas emoções e mais próximo das emoções humanas ele ficava, entretanto pouco antes de tocar seus pés na Terra, ele descobriu a dor, a inveja, a angústia, descobriu a fraqueza e suas conseqüências, conheceu a solidão sem nem ao menos tê-la vivenciado, descobriu que havia pessoas ruins, energias ruins e momentos ruins, descobriu os vícios e seus malefícios, conheceu a sensação vazia que uma decisão errada pode causar, vivenciou o lado mais obscuro do ser humano. Então, finalmente quando esse anjo chegou, ele já era muito mais humano do que anjo, pois, durante o seu percurso de descida, ele havia se familiarizado com as experiências humanas tornando-o praticamente um humano como nós.

Só quem ao seu lado esteve é que fora capaz de reconhecer a sua origem, porque mesmo tendo vivenciado e praticado as situações e atitudes mais horripilantes, ele ainda tinha dentro de si a alma de um anjo, a bondade de um anjo e a inocência de um anjo. 

Esse anjo vivenciou o terror na Terra, mas aprendi que deveria haver uma explicação para isso e que enquanto a sua alma for a alma de um anjo, haverá sempre uma saída, haverá sempre a possibilidade de um resgate, haverá a possibilidade da nova vida sobre a luz.

É só uma questão de tempo, eu sei que esse anjo encontrará o seu caminho, seguindo a luz que vem do Céu, seguindo a ordem Divina de que ele veio à Terra para ser feliz e não para sofrer.

Eu conheci um anjo e por tudo que vivi, digo que Valeu a Pena.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sem comentários...



"Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.
Mas lutarei para q cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões
no decorrer de minha vida.
Mas farei q elas percam a importância
diante dos gestos de amor q encontrei.
Talvez em algum instante
eu sofra uma terrível queda.
Mas não ficarei por muito tempo
olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar
alguém merece a minha confiança.
Talvez com o decorrer dos anos
eu perca grandes amizades.
Mas irei aprender q aqueles que realmente são
meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas irei continuar plantando a semente da
amizade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir
q não consigo seguir o ritmo da música.
Mas então, farei que a música
siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.
Mas aprenderei a desenhar um,
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas terei a consciência q os verdadeiros
ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz
de saber a letra daquela música.
Mas ficarei feliz com as outras
capacidades q possuo.
Talvez eu não tenha motivos
para grandes comemorações.
Mas não deixarei de me alegrar
com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo
torne-se a minha companheira.
Mas ao invés de fugir,
irei correr atrás do q almejo.
Talvez eu não seja exatamente
quem gostaria de ser.
Mas passarei a admirar quem sou.
Pq no final saberei q,
mesmo com incontáveis dúvidas,
eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso,
é pq como diz aquele ditado:
“ainda não chegou o fim”
Pq no final não haverá nenhum “talvez”
e sim a certeza de q a minha vida valeu a pena
e eu fiz o melhor q podia."

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...