terça-feira, 19 de junho de 2012

Medo de ser feliz!


Vocês já se pegaram em um momento de extrema felicidade e de repente sentiram um friozinho na barriga, uma sensação estranha junto com essa felicidade?

Isso tem nome e se chama MEDO, medo de ser feliz!

É um processo de autosabotagem, quando estamos felizes demais, começamos sem perceber, a procurar motivos para estragar essa felicidade, é como se tivéssemos sido programadas para esperar que algo ruim aconteça sempre que estamos bem, parece que aprendemos desde a infância de que temos que nos contentar com o fato de algo vai dar errado quando estamos bem.

Parece que nós mesmos nos julgamos não aptos e indignos de sermos felizes e de aproveitarmos esses momentos de felicidade e acreditem, nós, Codependentes, em recuperação ou não, temos uma tendência maior a nos autosabotarmos, afinal a codependência se desenvolveu em nossas vidas em um momento de sofrimento, de tristeza, onde a nossa auto-estima está abaixo de zero e parece que ser feliz é proibido para para as pessoas de baixa auto-estima e com isso, um ciclo começa a imperar, onde quanto mais baixa auto-estima, menos nos sentimos merecedoras de sermos felizes.

Por isso, quando estamos bem, quando estamos felizes, parece que estamos a espera do que vem depois e esse o que vem depois não precisa ser algo ruim e nem sempre o que vem depois desse momento de felicidade é ruim, então, o que fazemos? Nós criamos uma situação, buscamos motivos para nos entristecermos, buscamos desarmonia, buscamos tempestades, antecipamos as tempestades na verdade.

Precisamos quebrar a crença de que sempre após um momento feliz, tem um momento triste, porque enquanto não fizermos isso, estaremos sempre curtindo os momentos felizes com o friozinho na barriga, à espera do próximo momento, do momento triste.

Somos os principais responsáveis por nossas frustrações, temos o poder de nos auto-sabotar  e isso é perigoso, pois, não nos damos a chance de sentirmos plenamente cada momento e posso ser sincera com vocês? Quando digo sentirmos plenamente cada momento, não estou dizendo em sentir plenamente só a alegria não, falo da dor também, porque se não completarmos o clico, seja da alegria ou da dor, não poderemos ir para o próximo ciclo.

Eu falo que até mesmo a dor precisa ser sentida em sua plenitude, para que assim, nos libertemos dela e nos tornemos resistentes à ela.

Em várias passagens do meu livro, em várias situações deixo claro como o medo de ser feliz estava presente em minha vida, em como eu estava acostumada  a sofrer, como se eu fosse merecedora de tal sofrimento.
Eu estava tão acostumada com a dor, mas eu não a sentia plenamente, pois, eu havia chego no estágio em que eu não chorava mais e por isso eu a sentia pela metade e quando algo bom acontecia, eu me sentia vazia, pela metade. Era assim quando o Gabriel era internado por exemplo, toda vez que eu o internava em uma nova clínica, eu me sentia vazia, porque ao cair da noite, que quando ele "fugia" para usar, eu não tinha mais a preocupação de saber se ele ia fugir naquela noite ou não, porque ele estava internado e é assustador dizer isso, mas, eu estava tão acostumada com a dor que passei a sentir falta dela nos momentos de paz.

Entendem como constantemente estamos nos auto-sabotando?

Eu hoje sou consciente disso e tento me manter firme em meu propósito de sentir o que tiver que sentir e me preparar sempre para o melhor.

Por isso, meus queridos leitores, precisamos nos manter conscientes de que podemos ser felizes diariamente se assim o decidirmos!!!

Boas 24 horas!


3 comentários:

  1. Amiga Giulli:
    Faço minha as palavras do Jenner R no blog da Bia ( Permita-me repeti-las aqui )

    “Procuramos tanto algo que se chama felicidade,
    que nessa busca não percebemos quantas vezes
    fomos felizes.
    Queremos tanto o impossível que não percebemos
    quanta coisa ainda é possível.
    Sonhamos tanto com os melhores momentos,
    que só percebemos quando já se foram.
    Por isso viva somente o presente aproveitando
    o máximo, todos os momentos felizes que te
    acontecerem e dos tristes, guarde somente a
    experiência que eles deixarem.
    Porque as tristezas ...
    deverão ser apenas intervalos entre as alegrias.”

    Beijos

    E não esqueça: Tamujuntas!!!

    MI

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  2. Mi, adorei, que lindo, que reflexão, acho que fazemos isso muitas vezes ne, nos esquecemos realmente do que é ser feliz, esquecemos dos intervalos...
    Obrigada por isso!
    Beijos

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  3. Giu, lindo texto.
    E é verdade, sofrer vicia.
    A paz e a alegria tronam-se um flash rápido da dor que está por vir..
    Agente tem certeza que vai chorar de novo, que nada vai se resolver.
    E esquece de ver o qntos motivos temos pra sorrir, todos os dias.

    Tamujuntas.

    Beijao.

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