Eu seu que vocês vão entender de cara o que essa imagem e essa frase significam, afinal, sei que não sou a única que um dia teve o desprazer de sentir essa sensação. Medo que o medo acabe.
É tão estanho e contraditório, mas, ao mesmo tempo, tão real. É exatamente isso que sentimos quando estamos no na roda viva da condependência, quando estamos alimentando-a sem perceber, quando estamos sobrevivendo e não mais vivendo.
Medo que o medo acabe, quer dizer nada além do que a própria palavra diz, quando a Co esta ativa, não percebemos que nos acostumamos com ela, com o ciclo viciante dela e passamos a caminhar em círculos, onde sentimos medo por tudo o que nos está acontecendo e quando (nada de repente) as coisas começam a se ajeitarem, passamos a sentir medo (inconscientemente) de não termos mais esse medo.
Em outras palavras, quando estamos começando a sair da roda cíclica da codependência, sem perceber, passamos a nos preocupar com o que vamos nos preocupar a partir desse momento, a ausência da doença nos traz outra preocupação, a de não saber mais como será as nossas vidas sem ela. Entramos em abstinência da doença, abstinência do medo, das situações limites, do desespero, das lágrimas e até mesmo da dor.
E para você que está lendo pela primeira vez sobre o assunto, não, não somos masoquistas, não gostamos de sofrer, muito pelo contrário, entramos nesse ciclo justamente por achar que podemos evitar o sofrimento.
Não somos malucas, nem suicidas e muito menos Kamikazes, na verdade, não percebemos que estamos entrando nesse novo ciclo quando começamos a nossa recuperação, mas, esse ciclo faz parte dela, é necessário. Sentir esse medo nos faz repensar nossas atitudes, o que não podemos permitir é que esse medo nos domine, o medo de viver feliz, o medo da nova vida, o medo de recomeçar, esse medo às vezes nos paralisa e é esse medo que sentimos quando deixamos de lado o medo da dependência e da codependência.
Agora que você conhece esse medo, basta controlá-lo, e normal, quando estamos entrando em recuperação, às vezes nos sentirmos inseguras em relação ao futuro, mas, ter medo de não ter mais medo não nos levará à lugar algum!
Bom final de semana!
Boas 24 horas!
Até onde você iria para ajudar alguém que escolheu o caminho errado em busca da tal felicidade? Em um mundo sofrido, perigoso e doloroso, eu senti na pele a dor de ver alguém querido tomar a decisão errada. Eu carreguei a minha própria nuvem de chuva enquanto decidi caminhar ao lado dele. Eu adoeci sem saber, uma doença tão perigosa quanto à dependência química. Eu me tornei uma codependente. E essa é a minha jornada, uma jornada de lágrimas, promessas, sofrimentos e vitórias.
sexta-feira, 15 de março de 2013
Medo de não ter mais medo
Postado por
GIULLIANA FISCHER FATIGATTI
às
19:32
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Marcadores:
Codependência
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Bom dia Giulli! vc falou tudo, engraçado que a gente leva muito tempo pra nos auto conhecer, ando percebendo muitas coisas em mim sobre a codependencia, eu sou assim desde criança mas nao sabia rs, sempre me sabotei, camuflei, pra receber carinho de pessoas que nao valia apena, por medo de nao ser amada rs, ando até meio quieta no meu blog sabe, to em fase de ficar pensativa apenas, parece que algo lá dentro tá me tirando uma venda dos olhos...um grnade beijo amiga, obrigada pelo seu apoio aqui nesse cantinho!
ResponderExcluirBoa Noite Giulli, nossa como seu blog está sendo importante para mim entender um pouco mais sobre tudo isso que sinto dentro de mim nesse momento de dor, angústia, sofrimento e principalmente muitas dúvidas, sim dúvida se devo prosseguir nessa batalha ou desistir e tocar a vida em frente, como diz você, nós não escolhemos amar um D.C, o que podemos escolher é se vamos continuar ou não, e essa escolha está sendo um das mais difíceis que já tive que fazer na vida. Meu "Anjo", depois de 7 meses limpo, recaiu de uma maneira muito violenta e foi internado novamente, ai meu Deus me pergunto porque tudo isso, depois de 7 meses de namoro, depois que achávamos que não ia mais acontecer, depois de tantos planos para uma vida juntos, depois de estarmos confiando nele, isso acontece e nos abala dessa forma. É a primeira vez que ele recai enquanto estamos juntos, não sei o que fazer...
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