sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sou como um vaso quebrado!


Ontem, em uma conversa com um amigo, falando um pouco sobre tudo o que passei durante a minha tentativa de ajudar o anjo Gabriel, houve um momento em que ele usou o termo FRUSTRAÇÃO, e em como "deve" ser frustrante tentar ajudar um DQ e ele recair.

Oh... Por Deus, como eu sei o quanto isso é frustrante e ontem eu percebi que mesmo tantos anos depois, ainda sinto a mesma frustração, é como se eu soubesse lá no fundo, que ela vai me acompanhar pelo o resto da minha vida, aquela estranha sensação de impotência, a estranha vontade de estar no controle, a necessidade de ser forte, o sentimento de inferioridade, a busca inconstante pela a aprovação dos outros, o desejo de ser a heroína, o sentimento de não me sentir boa o bastante, todos esses sentimentos juntos fazem parte da palavra FRUSTRAÇÃO que meu amigo ontem se referiu.

Nove anos depois, eu ainda sinto a mesma frustração quando me lembro do que passei e por mais que falem, que digam que não devo me sentir assim, é como eu me sinto e acho que essa marca estará em mim pra sempre.

No fundo, sou como um vaso quebrado que foi colado, a trinca que ficou, fruto do "conserto", é a marca da frustração que jamais se apagará.

Eu testo meus limites na tentativa apagar essa marca, mas ela não vai se apagar e a necessidade de provar para mim mesma que eu consigo é o meu maior teste de auto-controle, de recuperação.

Porque não importe o quanto passe o tempo, não importa o quanto eu seja amada, o quanto eu seja forte, o quanto eu esteja no controle da minha vida, talvez nunca será o bastante, talvez eu terei que constantemente estar renovando tais sentimentos, provando pra mim mesma sem querer provar para o mundo que eu consigo.

Só por hoje, estou tentando não provar nada à ninguém, só por hoje, estou tentando não precisar da aprovação de ninguém para me sentir bem, só por hoje, não estou jogando o jogo do ganha e perde, onde o meu ego precisa que alguém assuma que ganhei para se sentir feliz e realizado.

Só por hoje, eu aceito a minha trinca, aceito todas as frustrações que essa trinca carrega.

Sou como um vaso quebrado, mas um vaso de valor inigualável e imensurável!



5 comentários:

  1. é assim mesmo Giu a vida real sem ilusões...é feita de dias cor de rosa..de dias cinzas...de dias multicolor...rs...faz parte do aprendizado...parabéns por se descobrir HUMANA...rs..bjaum

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  2. Sabe Giulli, por mais que a gente esteja sempre buscando a nossa recuperação, tudo o que nós passamos deixa sequelas em nossas vidas, nunca é 100%, por mais que a gente queira, sabe que as vezes penso que se um dia me separasse do meu marido de vez, acho que minha mente viraria um campo de batalha, aí percebo o qto a codependencia é forte, e quão grande é a nossa luta pra contra ela....Vc teve mais alguma noticia do Gabriel? se tiver divida conosco ! bjs tmj!

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  3. É amiga, se relacionar com um dependente-químico com certeza deixa fortes marcas viu...
    Acho que se minha história realmente tiver chegado ao fim, eu sempre vou estar ligada a ele, por essas marcas...

    TMJ beijos

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  4. Como falei no face, Giulli, somos isso mesmo, vasos quebrados, e colados... Entretanto, talvez essas cicatrizes sejam nossa maior beleza, pois nos fizeram mais fortes e mais humanas... Te amo, amiga! Bjão!

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